O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte reuniu, ontem, segunda-feira, com a Câmara Municipal de Vizela para discutir a situação das termas de Vizela.
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Francisco Figueiredo, do sindicato, disse ao JN que há investidores interessados nas termas mas é necessário que os sócios da empresa proprietária "se entendam".
A empresa tenciona, segundo o sindicato, efectuar o despedimento colectivo de três dezenas de trabalhadores. "Estamos a aguardar que a empresa envie aos trabalhadores as cartas a informar da decisão definitiva do despedimento e quais os valores em causa para indemnizações", adiantou o sindicalista.
Segundo a mesma fonte, o presidente da Câmara de Vizela mostrou-se "preocupado com a situação" até porque as termas são "factor fundamental" no desenvolvimento do concelho.
O sindicalista avançou que estão a encetar um conjunto de contactos com a Associação Comercial e com os partidos políticos no sentido de evitar os despedimentos. "Vamos tentar envolver a sociedade civil de Vizela, porque a viabilidade da empresa não passa pelos despedimentos, mas pelo investimento na modernização", afiançou Francisco Figueiredo.
"O desentendimento entre os sócios [da empresa detentora das termas] levou a esta situação de falta de investimento ao longo de décadas", afirmou. Segundo o sindicato "não há motivo para o despedimento colectivo em curso", alegando também que a empresa confirmou o "encerramento do Balneário Termal e do Centro de Manutenção". Desde há alguns meses que se vive alguma instabilidade laboral nas Termas de Vizela sendo que alguns trabalhadores cumpriram um período de "lay off".