Famalicão diz que testes aos lares não estão assegurados e quer laboratório no concelho
O presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, pede a "instalação urgente" em Famalicão de um laboratório para colheita e análise de testes à Covid -19. O autarca diz que "não está a ser assegurada no território a realização dos testes necessários, nomeadamente junto da população idosa institucionalizada".
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O autarca já se tinha disponibilizado para custear os testes e prestar o apoio logístico necessário para que os idosos institucionalizados pudessem realizar os testes, mas refere agora, em comunicado, que as respostas "das entidades de saúde locais remetem para complexidade da operação e para a incapacidade de resposta ao nível do rastreio e do trabalho consequente que se impõem".
No mesmo documento, o município de Famalicão revela que sábado a estrutura residencial de idosos do Centro Social de Bairro tinha 9 utentes positivos dos 50 residentes, e cinco funcionários infetados.
"Apesar do foco infeccioso detetado e da vulnerabilidade da população residente, e apesar dos esforços efetuados, a Câmara Municipal foi informada que ainda não foi realizado o rastreio de todos os seniores residentes dada a incapacidade de resposta estando a ser priorizado os que apresentam sintomas", lê-se no comunicado.
O JN sabe que ontem, dois idosos com Covid-19 foram transportados ao hospital, o mesmo acontecendo com um outro durante a madrugada deste domingo.
"A situação é dramática, cada minuto é um minuto a mais, mas a verdade é que não estamos a obter as respostas necessárias por parte das entidades de saúde", afirma Paulo Cunha, presidente da Câmara de Famalicão. "O município de Famalicão sabe que a ACeS - Agrupamento de Centros de Saúde está diligenciar com a ARS a atribuição no concelho de um laboratório convencionado, para realizar colheita dos testes. Peço que o façam com a maior brevidade possível. Nós estamos inteiramente disponíveis para ajudar, não podemos é esperar que um assunto desta delicadeza fique sem resposta das entidades de saúde. A falta de meios não pode ser desculpa. É a vida dos nossos seniores que está em causa", acrescenta.