<p>Uma creche clandestina que funcionava em instalações semelhantes a uma loja-garagem foi encerrada após uma fiscalização conjunta do Instituto de Segurança Social e da Delegação de Saúde do Barreiro, que actuaram na sequência de uma denúncia. </p>
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O JN apurou que a proprietária desta creche ilegal, onde foram encontradas 13 crianças com idades inferiores a 5 anos, é reincidente neste tipo de situação. Já antes lhe tinha sido fechado um estabelecimento semelhante num outro concelho, revelou uma fonte do Instituto da Segurança Social.
A fiscalização à creche, situada na freguesia de Santo André, foi feita na terça-feira, mas só ontem foi tornada pública pelo delegado de Saúde Pública do Barreiro. De acordo com Mário Durval, a garagem "não tinha as mínimas condições", tratando-se de um espaço insalubre.
"Era um espaço tipo loja-garagem que não tinha, nem as instalações adequadas, nem pessoal com formação", sublinha, por sua vez, uma fonte da Segurança Social, acrescentando que foram ali encontradas oito crianças em idade de creche e cinco em idade de pré-escolar.
Após a acção de fiscalização, a Segurança Social entrou em contacto com os pais de todas as crianças, no sentido de encontrar estabelecimentos alternativos, e legalizados, para os menores, com a ajuda dos organismos de apoio social da cidade.
Pais são responsáveis
"Os pais têm que ter atenção e cuidado, porque estão a confiar os filhos a terceiros. Devem procurar estabelecimentos licenciados, com as instalações adequadas e com um quadro de pessoal ajustado às necessidades das crianças", alertou a Segurança Social, acrescentando que os principais responsáveis por este tipo de casos são os próprios pais.
Quanto à proprietária do espaço clandestino agora desmantelado, vai enfrentar um processo de contra-ordenação movido pela Segurança Social e corre ainda o risco de ficar para sempre inibida da prática desta actividade.