<p>A um ano de comemorar três décadas de existência, a Feira do Fumeiro de Vinhais, cuja 29ª edição começa esta quinta-feira, dá os primeiros passos para deixar de ser um certame de cariz regional e alcançar uma dimensão nacional. A ideia é transformá-la no certame mais representativo no país. </p>
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A organização está a dar os primeiros passos para que o certame venha a ter expostos enchidos de todo o país, no sentido de se tornar na Feira do Fumeiro portuguesa. A actual edição já se alargou aos produtos goumert. Cerca de 40 expositores de produtos de qualidade, como o azeite, vinho, queijo, doces e produtos biológicos, de várias regiões, vão estar patentes numa tenda da feira, um primeiro ensaio do que poderá vir a ser o certame no futuro.
O executivo camarário, liderado por Américo Pereira, não excluiu a possibilidade de, a médio prazo, criar um evento internacional, que possa ser representativo do que se faz na Europa no ramo dos enchidos.
Os 90 expositores de fumeiro estão a postos para receber os visitantes em barraquinhas devidamente decoradas e renovadas. Numa tenda contígua, estarão presentes 64 artesãos. Durante as noites haverá animação musical diversificada. O espaço das tasquinhas foi reforçado. Ao todo, são 10, todas equipadas com cozinhas licenciadas, que podem servir carnes de bovino de raça Mirandesa e Maronesa, outra novidade introduzida nesta edição. Os enchidos certificados, os casulos (feijão seco na vagem), os cuscus e o doce de gravanços (grão-de-bico), serão algumas das especialidades que ali poderão ser degustadas. "Na prática a feira também é um festival gastronómico", explicou o edil.
O fumeiro tem um peso considerável na economia dos agricultores do concelho. Só este ano, será comercializado fumeiro de 550 porcos. Cada animal pesa cerca de 200 quilos, pelo que, no mercado de carne fresca, a carcaça teria um valor comercial de 500 euros, mas depois de transformada pode incrementar o seu valor comercial e atingir, cada animal, a cifra de dois mil euros.