<p>O estoiro do foguete e a alvorada com a banda filarmónica "Fim de Século" marcaram o início das tradicionais festas de Barrancos, que incluem as touradas com touros de morte, cujo regime de excepção foi criado em 2002.</p>
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As touradas, com quatro matadores espanhóis e um novilheiro português, prometem "casa cheia" nos tabuados, cujos dois mil lugares no interior da improvisada praça de touros na mais nobre artéria barranquenha, estão esgotados há vários dias.
Conhecida entre os habitantes como a "fêra de Barrancos", as festividades juntam um misto de religioso com o pagão, naqueles que são considerados os quatro dias de maior "cachondeo" (divertimento).
Sem o aparato e os "mirones" de outros tempos, o facto de dois dias de festejos coincidirem com o fim-de-semana - o programa encerra segunda-feira - deverá trazer à vila raiana perto de 40 mil visitantes, segundo dados divulgados ao JN, por Isabel Sabino, vereador da Câmara de Barrancos.
Nos últimos anos, com o esbatimento da polémica a propósito dos touros de morte, assistiu-se a uma maior presença de barranquenhos da diáspora, de amigos e convidados, muitos deles vindos de terras com tradições taurinas, como Moita, Alcochete, Vila Franca de Xira, entre outras.
As cerca de 100 camas turísticas disponíveis, entre um hotel, uma residencial, duas pensões e pelos dois edifícios do Parque de Natureza de Noudar, há muito que estão lotadas, com marcações para cinco e seis noites.
Pelo centro da vila - completamente fechado ao trânsito -, os visitantes espalham-se estes dias pelos muitos cafés, alguns improvisados para a ocasião e pelas barracas de feirantes.
Isabel Sabino refere que são dias "muito importantes para o comércio local", pelo que não tem dúvidas em considerar estes dias como "a melhor época do ano para a nossa vila".
Quanto às medidas de segurança, nomeadamente possíveis casos de gripe A, a autarca garante que "foram reforçados os meios de saúde". "Caso seja necessário, as autarquias vizinhas estão prontas para auxiliar", concluiu.