Uma aposta forte no cartaz musical e programas próprios para a vertente do turismo familiar foram apostas ganhas pela Câmara de Portimão, na organização do tradcional Festival da Sardinha, que hoje encerra. A meta dos 40 mil visitantes deverá ser assim superada.
Corpo do artigo
Nomes como Rui Veloso, Deolinda ou Ana Moura contribuíram para que a edição deste ano de 2010 do Festival da Sardinha voltasse a atrair milhares de pessoas à zona ribeirinha de Portimão. Mas, a vertente familiar, com divertimentos próprios para as crianças, e o próprio “menu kid”, contribuíram para atrair mais gente.
“Foi uma aposta ganha, sem dúvida”, confessou ao JN, Manuel da Luz, presidente daquela autarquia do Barlavento algarvio. “Hoje aposta-se muito no turismo familiar e a indústria do turismo tem de ter isso bem presente. Foi essa a nossa ideia, este ano, ao criarmos, um programa extra dirigido aos mais novos, de forma a captar as pessoas, que, por vezes, não vinham, porque não tinham onde deixar os filhos”, justifica o autarca.
Embora as contas finais do certame não estejam ainda feitas, é já possível adiantar que o certame teve este ano uma média diária de mais 300 pessoas relativamente ao ano anterior. Números que dão alento para planear já as próximas edições e afirmar o festival da sardinha como um dos grandes eventos no Verão algarvio.
“Há festivais de referência na região durante o Verão: A Fatacil, em Lagoa, o do marisco, em Olhão e o da sardinha, em Portimão. Por isso, a aposta é para continuar nos próximos anos”, resume o autarca, para quem as pessoas, sobretudo os portugueses, já se habituaram a que, “no início de Agosto, há este festival em Portimão”.
Segundo Manuel da Luz, os portugueses foram os que mais visitaram o festival este ano, embora tenha havido um enorme crescimento de visitantes espanhóis.
A presença de muitos espanhóis no Festival da Sardinha não passou, aliás, despercebida aos organizadores. “Houve imensos, sobretudo de Andaluzia”, confirmou ao JN, o presidente da Câmara de Portimão. Para o autarca, este é um claro indicador que o Turismo do Algarve deve apostar forte na promoção da região no país vizinho.
“Os espanhóis andaram muitos anos arredados do Algarve e, quando vinham, no máximo, iam até Albufeira. Agora a presença no Barlavento é cada vez mais. O próprio festival teve repercussão na imprensa andaluza”, conta.
Assim, a aposta no mercado do país vizinho pode ser estratégica, até para compensar outras perdas. “Para compensar a diminuição dos britânicos, que, por causa da crise económica, e não só, são menos, há que apostar em Espanha. Tem um potencial enorme”, conclui.