Começa esta sexta-feira, dia 12, em Famalicão, o Festival Cantos de Camilo, que vai cruzar o universo literário de Camilo Castelo Branco com atuações musicais de artistas famalicenses. O objetivo é "homenagear" a obra literária do romancista de Seide.
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O certame pretende "cruzar o melhor de dois mundos", segundo o diretor artístico do The Village, uma equipa de produção musical que conta com o apoio da Câmara de Famalicão e organiza o festival que vai decorrer, principalmente, na Casa Museu de Camilo, em Seide.
Segundo André Silvestre, os artistas “vão ter palco para se mostrarem aos famalicenses” e os espectadores poderão “cruzar a música com a literatura” num “espaço agradável”.
Além do cruzamento de áreas culturais, o Festival Cantos de Camilo também se foca na "descentralização da cultura". “Estamos a retirar as pessoas do centro e a levá-las para conhecerem uma nova freguesia, a Casa-Museu de Camilo e a literatura [do escritor]”, refere o diretor artístico.
Será, ainda, “uma forma de trabalhar a visibilidade dos projetos que temos em Famalicão e é uma ótima oportunidade para o público ver um conjunto de músicos que não poderia ver de forma tão condensável”, aponta o responsável, referindo que a programação "é muito diversificada" no que toca a estilos musicais.
O grupo “Ibertrio” abre o evento no dia 12, às 21.30 horas, seguindo-se a dupla “Duo Apassionato”, pelas 22.15, e no dia seguinte, a Casa-Museu de Camilo recebe as atuações de Sandy Kilpatrick, Matilde Batista e de Sofia Machado, às 17.30, 18.30 e 19.15 horas, respetivamente.
O último dia do festival será animado por Inês Silva e Maria Gil. Os The Cityzens são os artistas que vão animar o último dia do festival, às 17.30, 18.30 e 19.15 horas.
“O primeiro dia é mais orientado para um estilo clássico, o segundo para o folk e o tradicional, e o terceiro centra-se no pop, rock e na música experimental”, refere André Silvestre.
“Queremos que as pessoas venham conhecer aquilo que de melhor se faz por cá, queremos que desfrutem de boa música e que conheçam a obra de Camilo Castelo Branco” , diz o responsável, acrescentando que tal é também “uma forma de apoiar a arte" de Famalicão.