Quatro igrejas foram renovadas no último ano, em Vagos, num investimento de cerca de dois milhões de euros, custeados a maior parte pela generosidade popular. O templo de Fonte de Angeão é hoje inaugurado pelo bispo de Aveiro, D. António Francisco. <br />
Corpo do artigo
A igreja de Fonte de Angeão, que se inaugura amanhã, pelas 16 horas, numa cerimónia presidida pelo bispo de Aveiro, é um dos muitos templos católicos que, no último ano, têm sido intervencionados no concelho de Vagos.
A igreja, edificada de raiz no mesmo local onde a anterior foi demolida, devido ao seu estado de degradação e exiguidade, custou cerca de 800 mil euros e agrega diversas salas de catequese, salão de reuniões e casa mortuária.
As obras demoraram dois anos e foram suportadas maioritariamente pela população local, emigrantes e um subsídio de 150 mil euros atribuído pela Câmara de Vagos, depois de um protocolo estabelecido em 2004 com a Secretaria de Estado da Administração Local “não ter tido andamento”, explicou, na altura, Albano Gonçalves, presidente da Junta de Freguesia.
Fonte de Angeão é a única a ser construída de raiz mas, só este ano, há três templos que sofreram remodelações profundas no arciprestado de Vagos.
Em Fevereiro, o de Lombomeão abriu ao público após 18 meses de trabalhos de restauro que custaram 350 mil euros (câmara atribuiu subsídio de 25 mil euros). Em Julho, a igreja de Soza reabriu, depois de ter estado fechada ao culto durante 20 meses. A substituição do telhado e restantes trabalhos custaram 250 mil euros (64 mil euros financiados pela Câmara).
Dentro de poucos meses deverá ser, também, inaugurada a remodelação da igreja de Ponte de Vagos, que ascendeu quase aos 400 mil euros, 100 mil euros dos quais “disponibilizados pela câmara”. Até lá, as cerimónias continuam a ser realizadas no salão paroquial.
Mantém-se a intenção mas não há, para já, qualquer novidade relativamente à construção de um templo na praia da Vagueira, na freguesia da Gafanha da Boa Hora.
Aquando da revisão do Plano de Pormenor da Praia da Vagueira, a autarquia reservou um espaço municipal onde poderá ser construído aquele equipamento religioso. O terreno localiza-se próximo da nova rotunda de ligação entre a Vagueira e a Costa Nova, perto da Ria.
Ao todo foram gastos 1,8 milhões de euros, a maioria dos quais custeados directamente pelas populações. “É um esforço enorme, que resulta do dinamismo, generosidade e empenhamento das comissões e populações e das parcerias com instituições locais, juntas de freguesia e Câmara”, referiu, a propósito, o bispo de Aveiro, D. António Francisco. Há mais de 30 anos que as igrejas não tinham obras.