Miguel Venâncio Caeiro, de seis anos, foi diagnosticado a 18 de dezembro com uma síndrome mielodisplásica. A esperança reside no transplante de medula óssea, uma vez que a doença não reage à quimioterapia convencional.
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O filho mais velho de um casal de enfermeiros do Centro Hospitalar Universitário do Algarve foi diagnosticado no dia 18 de dezembro com uma síndrome mielodisplásica, uma doença hemato-oncológica. Os pais, desesperados com a condição de saúde do filho, Miguel Venâncio Caeiro, decidiram tornar pública a situação, apelando para que as pessoas se inscrevam como dadoras de medula óssea.
"É uma doença bastante rara. A incidência é de um caso por milhão nas crianças. Neste momento, os tratamentos que estamos a fazer são as transfusões de sangue, de acordo com as análises que o Miguel vai tendo, e a toma de uma medicação cujo objetivo é impedir que a doença prolifere", contou esta quinta-feira ao JN o pai João Caeiro, que trabalha numa unidade de hospitalização domiciliária.
A mãe, enfermeira na Comissão de Controlo de Infeções e Resistência aos Antimicrobianos, está neste momento ausente do trabalho para prestar assistência ao filho, que deixou de ir à escola por recomendação médica.
Para ser dador precisa apenas de dar uma pequena amostra de sangue que é posteriormente analisada para averiguar se a medula é compatível com algum dos doentes que aguardam por um transplante. Para saber onde se pode tornar dador de medula óssea, pode consultar aqui os locais.
Para ser dador, tem de ter entre 18 e 45 anos, um peso mínimo de 50 quilos, uma altura superior a 1, 50 metros e nunca ter recebido transfusões após 1980.
"É uma sensação de angústia e de impotência não conseguir ajudar mais. Procurei os melhores médicos e as melhores opiniões, mas neste momento só dependemos da boa vontade das pessoas", afirmou João, recordando que depois da recolha o dador passa automaticamente a integrar uma base nacional e internacional de dadores, podendo salvar uma vida.
De acordo com o portal do SNS, aproximadamente 80% de todos os doentes têm, pelo menos, um potencial dador compatível.