Com idades entre os 12 e os 17 anos, jovens de áreas socialmente vulneráveis da cidade do Porto participaram num projeto de investigação e mostraram aquilo que está bem e o que pode ser melhorado.
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Tendo por base a fotografia, vários jovens de três bairros sociais do Porto participaram num projeto de investigação com vista a mostrar a sua ligação à comunidade, apontando aspetos positivos e outros que possam ser melhorados nos espaços que fazem parte do seu quotidiano.
Ana Garcia, investigadora da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, referiu ao JN que este trabalho foi desenvolvido no âmbito de uma pesquisa de doutoramento e envolveu "jovens residentes em áreas socialmente vulneráveis da cidade", em concreto os bairros de S. Tomé, Carriçal e Regado, todos na freguesia de Paranhos.
"Procurou-se compreender qual a relação dos mais jovens com as suas comunidades e que condições encontram para construir as suas aprendizagens, expressões e participações enquanto exercícios de cidadania", acrescentou a coordenadora da investigação. Com idades entre os 12 e os 17 anos, os participantes fotografaram um mural, estruturas danificadas, equipamentos vandalizados ou caminhos degradados, mostrando assim as suas reivindicações.
O resultado deste trabalho já foi exibido na Casa da Cultura de Paranhos e, segundo Ana Garcia, está prevista uma nova exposição noutro espaço.