Francisco Almeida afirma-se como uma alternativa ao poder em Viseu. Promete "bater o pé" na defesa da população e fazer a diferença
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Francisco Almeida, 62 anos, é professor desde 1980. É também o rosto local do Sindicato dos Professores da Região Centro e da FENPROF. Militante do PCP desde 1983 foi, em 2009, o candidato da CDU à Câmara de Vouzela, concelho de onde é natural. Quatro anos mais tarde encabeçou à lista da coligação ao Município viseense. Nas autárquicas de 2017 foi o candidato da CDU à Assembleia Municipal e à Junta de Freguesia de Viseu. Este ano é o cabeça de lista para a Câmara. Foi porta-voz do movimento pela criação da universidade pública em Viseu e está à frente da comissão de utentes contra as portagens na A24 e A25.
Quais os objetivos eleitorais da CDU?
Avançamos para ser uma alternativa na Câmara de Viseu. A CDU almeja ganhar a Câmara? Provavelmente não, mas almejamos eleger vereadores e membros da Assembleia Municipal que façam a diferença na ação autárquica e que possam empurrar no combate por soluções. Eleja a CDU um vereador e a Câmara não será mais a mesma. Queremos alguém que "bata o pé" e que não diga ámen a tudo, como é o habitual nas câmaras que temos tido.
Vão "bater o pé" pelo quê?
Estamos a falar da ligação de Viseu à rede ferroviária nacional e internacional, de participar ativamente no combate contra as portagens. Estamos a falar da necessidade da construção de um matadouro público no concelho. Precisamos de outra rede de transportes públicos, precisamos de um passe social nos transportes. Por que razão há passes em Lisboa, Porto, Braga e Coimbra e em Viseu não há? A própria universidade pública de Viseu. Pode dizer-se que o tema passou de moda, mas não passou. Precisamos de uma universidade pública em Viseu.
Têm falado de um metro de superfície. Qual é a ideia?
É outra proposta que nos acompanha. Um metro de superfície que ligue Viseu às Termas de São Pedro do Sul, a Vouzela, à zona de Lafões. É uma coisa megalómana dirão alguns, mas metro de superfície é o que há mais no Porto e Lisboa. Esta ligação à zona de Lafões é fundamental, não só do ponto de vista turístico.
O centro histórico também é prioridade?
É e a candidatura do centro histórico a Património da Humanidade também, mas associado a isso tem que estar a questão do turismo e da rentabilização das potencialidades que o distrito tem. Precisávamos de vender a visita à cidade associada às coisas que temos à volta, as Termas, o Caramulo, a Serra da Estrela, a Nave, o S. Macário. Mas não só. Qual é a cidade desta dimensão que não tem um parque de campismo? Deixaram-no morrer e nada aconteceu depois disso. Viseu precisa de um parque de campismo.
O concelho estagnou nestes anos de governação PSD?
Depende do arco temporal. Nos últimos quatro mandatos não se viu nada de relevante a acontecer. Fizeram uma obra na rotunda tal, é verdade, mas a Câmara está lá para alguma coisa, mais não seja para as pequenas obras.
Melhor
Melhor
São as pessoas, gosto muito das gentes de Viseu.
Vamos de uma ponta à outra da cidade rapidamente. Os jardins da cidade, o ambiente que se respira é insubstituível.
Pior
Vejo uma cidade e um concelho onde era possível viver melhor, haver melhores condições de vida.
Falta uma ideia de futuro e questões estruturantes.