<p>Montalegre quer manter os saboros tradicionais do porco-bísaro nas "bocas do mundo" com a XVIII Feira do Fumeiro e Presunto de Barroso, que se realiza de 22 a 25 deste mês, no pavilhão municipal local. O certame vai contar com 56 produtores.</p>
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É já considerada a "rainha" das feiras portuguesas do fumeiro aquela que se realiza em Montalegre, cuja edição, deste ano, conta com 56 produtores, numa espécie de mercado que visa a comercialização dos principais derivados do porco, com destaque para a alheira, chouriça, presunto e o salpicão.
Na apresentação do certame, realizada ontem na casa de Trás-os-Montes, em Braga, o vice-presidente da Câmara Municipal de Montalegre, Orlando Alves, parafraseou um anónimo e desconhecido romeiro da feira de Montalegre: "Em Portugal há duas coisas boas. A Nossa Senhora de Fátima e a Feira do Fumeiro de Montalegre". O sentido humorístico do autarca que, de resto, espelha a importância do fumeiro como produto "ex-líbris" do Barroso e fonte de sustentabilidade económica da vida rural local.
Orlando Alves fala de uma actividade económica que, nos últimos anos, tem perdido produtores, devido, em sua opinião, "às regras comunitárias impostas na comercialização da carne de porco e seus derivados". Mesmo assim, revelou que o concelho de Montalegre regista, presentemente, cerca de 150 produtores.
"Tem diminuído os produtores, mas não a qualidade do fumeiro", disse, numa alusão à importância que a autarquia dá a esta feira como "marca", seja comercial ou turística do concelho e da região do Barroso. Aliás, a Câmara de Montalegre suporta, por inteiro, as despesas do certame, estimadas em 100 mil euros.