O funeral de Irene Ribeiro, de 66 anos, que no passado sábado morreu no Hospital Senhora da Oliveira (HSOG), em Guimarães, já não se vai realizar esta segunda-feira, às 17 horas, como inicialmente estava previsto. Na sequência de uma queixa apresentada pela família, por suspeitas de negligência médica numa operação aos ovários, o Ministério Público determinou que seja realizada a autópsia do corpo.
Corpo do artigo
O corpo de Irene Ribeiro já foi entregue à família e encontra-se na igreja paroquial de Selho São Jorge, onde decorre o velório. Hoje, após as cerimónias fúnebres, por ordem da procuradora do MP, o corpo vai ser transportado para as instalações do Gabinete Médico-Legal e Forense do Ave, no HSOG, para realização da autópsia.
De acordo com a família, Irene Ribeiro terá morrido na sequência de complicações que sobrevieram após uma cirurgia para retirar um tumor benigno nos ovários. A cirurgia aconteceu na passada terça-feira e a partir de quinta-feira, ao final do dia, a mulher já apresentava sinais de não estar bem. Na sexta-feira, logo pela manhã, a família telefonou para o HSOG e ficou a saber que Irene Ribeiro tinha sofrido uma paragem cardiorrespiratória de dez minutos e que estava em coma induzido, nos Cuidados Intensivos.
A mulher viria a ser novamente operada, ainda na sexta-feira e foi quando se descobriu que o intestino estava perfurado em três pontos. Segundo a família, foi feita a aspiração, mas o prognóstico era muito reservado. Irene Ribeiro viria a morrer na noite de sábado, às 23.34 horas.
O HSOG informou que, "no âmbito da sua política de avaliação de risco e eventos adversos", está a realizar um inquérito para averiguar a forma como decorreu este processo.