Inspeção-Geral das Atividades em Saúde investiga morte após cirurgia no Hospital de Guimarães
A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) abriu um inquérito à morte de Irene Ribeiro, de 66 anos, após uma cirurgia para remover um tumor nos ovários, no Hospital Senhora da Oliveira (HSOG). A mulher foi operada no dia 14 e morreu quatro dias depois, na sequência de uma paragem cardiorrespiratória e de uma nova ida ao bloco operatório, onde lhe foram detetadas três perfurações no intestino.
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A autópsia foi determinada pelo Ministério Público (MP), depois de a família apresentar uma queixa por não aceitar que a causa da morte de Irene Ribeiro tenha sido por causas naturais. A perícia vai ser feira durante esta quarta-feira, no Gabinete Médico-Legal do Ave, só depois será realizado o enterro.
O corpo já tinha sido entregue à família e esteve a ser velado na igreja paroquial de São Jorge de Selho, de onde a mulher é natural. Por ordem do MP, o funeral, que estava marcado para segunda-feira, dia 20, foi adiado para que se realizasse a autópsia.
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De acordo com os familiares, os médicos apontaram como razões para as complicações cirúrgicas de Irene Ribeiro, "as duas cesarianas feitas à moda antiga" que fizeram com que "tivesse os órgãos colados". A neta, Natália Martins, contudo, questiona: "porque é que nos disseram que estava tudo bem, depois da operação, quando estava uma infeção a progredir? Não perceberam que a febre era anormal?"
O HSOG, na segunda-feira, anunciou a abertura de um inquérito interno para "averiguar, o modo de realização desta cirurgia".