Gabinete de apoio à vítima abre para combater a tolerância à violência doméstica
Um gabinete de apoio a vítimas de violência doméstica abre, segunda-feira, na Covilhã, para combater a tolerância às agressões na região.
Corpo do artigo
No distrito de Castelo Branco, os alertas para situações de violência doméstica têm crescido, embora menos que no resto do país. Segundo os últimos dados disponíveis, de 2008 para 2009, o número de queixas por violência doméstica cresceu cerca de 10% a nível nacional, enquanto no distrito subiu 6,9%.
"Não significa que haja menos violência doméstica. É, sim, um indicador de passividade e tolerância em relação ao fenómeno e que faz com que as pessoas não apresentem queixas", explicou a técnica social Graça Rojão, em declarações à Lusa.
Actualmente, na Beira Interior, só existe apoio às vítimas de violência doméstica em gabinetes em Castelo Branco e na Guarda ou através da linha telefónica nacional de auxílio.
"Por isso, é fundamental haver este gabinete de proximidade, sobretudo tendo em conta que cerca de um terço das mulheres são vítimas de violência doméstica. É um número assustador", considerou Graça Rojão.
O gabinete de apoio às vítimas de violência doméstica tem acesso gratuito e vai funcionar na sede da Coolabora, cooperativa de intervenção social, nos dias úteis, excepto às quartas feiras, entre as 11 e as 14 horas e das 15 às 19.30 horas, com marcações telefónicas para outros horários.
Qualquer pessoa pode procurar o gabinete na Quinta das Rosas, na Covilhã, "em qualquer momento, desde que seja vítima de violência doméstica ou conheça alguém que o seja", explicou Graça Rojão.
"Recebemos qualquer pessoa nessas circunstâncias, com ou sem queixa formalizada, seja apenas para desabafar, conhecer os seus direitos ou obter apoio jurídico", acrescentou.
O serviço é prestado por uma psicóloga que garante sigilo absoluto, sendo que o gabinete trabalha em conjugação com uma jurista, autoridades e entidades públicas de intervenção social da região.
Segundo Graça Rojão, em 90% dos casos as agressões são praticadas por homens contra mulheres, em regra numa relação conjugal e com idade média de 39 anos.
"Na base das agressões continua a estar a forma como são interpretados os papéis de género na sociedade e em que a mulher é ainda entendida como subalterna", acrescentou.
A inauguração do gabinete está marcada para hoje, sexta-feira, às 16.30 horas, pela presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, Sara Falcão Casaca. A abertura, porém, acontece apenas na próxima segunda feira.
A Coolabora é uma cooperativa de consultoria e intervenção social em atividade na Covilhã desde 2008 e que intervém em áreas como a igualdade de género, inclusão social e consultoria para instituições de solidariedade social.
O prémio foi instituído em 1999, em Barcelona, em honra de Rosa Barba, o primeiro professor de arquitectura paisagista na Escola Técnica Superior de Arquitectura de Barcelona e criador do mestrado em arquitectura paisagista.
Os nove projectos finalistas farão também parte de uma exposição no Instituto de Arquitectos da Catalunha (COAC), a partir de 30 de Setembro.
O projecto do arquitecto João Ferreira Nunes inseriu-se nas obras de requalificação do Castelo de Silves, iniciadas em 2003 e executadas pela Sociedade POLIS.
A fortificação ocupa uma área de cerca de 12 mil metros quadrados e é um típico exemplar da arquitectura militar islâmica, erguido com o uso de taipa, revestida com grés (arenito), material abundante na região que lhe confere uma tonalidade avermelhada.
Classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de 1910, o Castelo de Silves recebeu intervenções de consolidação e restauro nas décadas de 1930 e 1940, da responsabilidade da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), com a desobstrução de troços de muralhas e a reconstrução de algumas torres que ameaçavam ruir.
É considerado um dos monumentos mais bem conservados do país.