Testar a capacidade de atuação em situações de resgate de pessoas em poços e minas foi o objetivo de um simulacro realizado, esta quinta-feira, pelo Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) da Guarda Nacional Republicana.
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O simulacro surge numa altura em que cresce o número de pessoas que se dedicam a atividades de montanha.
O local foi o Complexo Mineiro de Tresminas, situado em Vila Pouca de Aguiar, que pretende melhorar as condições de visita do espaço e antever eventuais necessidades de socorro.
"Esta ação está incluída num conjunto de atividades que a equipa tem preparado juntamente com as entidades locais, como o Complexo Mineira de Tresminas, que é bastante visitado quer por turistas quer por praticantes de espeleologia", revelou o primeiro-sargento do GIPS, Nilton Teixeira.
Foi simulada uma situação de uma queda de um turista a um poço com cerca de 10 metros. "Fizemos a extração da vítima do poço, seguindo um sistema de resgate simples. Os primeiros socorros à vítima foram prestados dentro do próprio poço pelo nosso socorrista. Depois desceu um resgatador com a maca, uma vez que a vítima apresentava uma fratura de um membro inferior. A vítima foi retirada e transportada para um local onde pudesse receber ajuda diferenciada", explicou o representante do GIPS.
O militar sublinhou a importância de conhecer bem o espaço, para permitir uma resposta mais rápida e eficaz, numa situação real. A equipa de busca e resgate que atua no distrito é composta por sete elementos, que estão sedeados em Vila Real e Vidago. Prestam socorro a pessoas em locais de difícil acesso, como a Serra do Gerês.
Esta ação surge em resultado da intenção do Complexo Mineiro de Tresminas de reforçar a segurança dos espaços visitáveis, medida que se junta a outras como a realização, até junho, de um levantamento geotécnico para avaliar as características das galerias e dos poços.
A arqueóloga e porta-voz do Complexo, Patrícia Machado, revelou que, nesta altura, "não há nenhuma galeria que esteja instável", mas ressalvou que "estes túneis e poços foram construídos há cerca de dois mil anos". "Estamos a abrir este espaço ao público e convém termos estes protocolos de segurança preparados", sustentou.
Em 2016, cerca de 3100 visitantes visitaram o espaço, que é de livre acesso, com recurso aos guias do centro interpretativo. Este complexo, onde os romanos exploraram ouro há dois mil anos, será alvo de uma candidatura a paisagem cultural da UNESCO.