A linha do Souto (Gondomar) e o prolongamento da linha Verde até à Trofa estão na frente para a nova fase de expansão da rede de metro do Porto.
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As prioridades serão definidas pelas autarquias e a Área Metropolitana do Porto ainda não foi chamada a apresentar a sua lista, mas o JN sabe que, das cinco linhas em análise, Gondomar e Trofa deverão avançar, em detrimento das ligações a S. Mamede (Matosinhos) e entre a a FEUP e a Maia, assim como da Linha Circular do Porto (Casa da Música/Polo da Asprela).
A definição dos traçados que se seguem aos que estão em construção - linha Rosa e prolongamento da linha Amarela até Santo Ovídio - e à Linha Rubi (Porto/Gaia) tem causado alguma polémica entre os autarcas. Matosinhos, por exemplo, tem feito alguma pressão para que a segunda linha para o concelho (a de S. Mamede) avance como prioridade.
Ao JN, o próprio ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, apesar de vincar que serão os autarcas a decidir, já tinha assinalado "a expectativa de que o quadro comunitário possa resolver já alguns projetos que vinham do passado, por exemplo, os de Gondomar e da Trofa". Ontem assinalaram-se 21 anos do fim do serviço ferroviário neste último concelho, que nunca viu avançar a prometida ligação de metro.
O Portugal 2030 reserva um financiamento de 700 milhões de euros para obras de metro e de autocarro em via dedicada (BRT), verba que, segundo Duarte Cordeiro, não vai ficar concentrada no Porto e em Lisboa.
Na rede de metro do Porto, assumindo-se Gondomar e Trofa como prioridade, deverá avançar a elaboração dos projetos das outras linhas seja possível avançar. Aliás, já foram feitos trabalhos de sondagens nas cinco linhas apontadas para a expansão.
Linha do Souto
Com 6,7 quilómetros e nove estações, ligará o Dragão (Porto) ao Souto (Gondomar). O investimento é de 140 milhões.
Percurso para Trofa
A linha até à Trofa será mista: entre o ISMAI (atual terminal) e o Muro será metro; dali até Paradela o será metrobus. No total, são nove estações.