Junto ao centro de saúde de S. Cosme, em Gondomar, está a ser construída uma unidade de saúde mental, equipamento que vai custar 2,2 milhões de euros e que deve ficar pronto dentro de nove meses.
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Segundo o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, que esta sexta-feira visitou a obra, este novo equipamento vem melhorar "as condições físicas precárias em que a equipa de saúde mental comunitária de Gondomar funciona, dividida por centros de saúde" . E, acrescenta o governante, dará resposta "à grande ambição do Serviço Nacional de Saúde que é melhorar a prestação de cuidados no domínio da saúde mental".
Além de "um espaço mais qualificado para proceder ao atendimento das pessoas", o ministro enalteceu o facto de este vir a funcionar "numa base mais próxima da comunidade".
"Temos de abandonar a ideia de que as questões da saúde mental são para serem tratadas em hospitais à parte, em hospitais psiquiátricos afastados do resto. As questões da saúde mental são para ser tratadas sem qualquer estigma junto da comunidade e, por isso, o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) reserva quase 90 milhões de euros para investimento em novas estruturas de saúde mental".
Dando conta que a empreitada terá um prazo de nove meses, Manuel Pizarro referiu que "entre o Natal e o início do ano de 2024" espera regressar "para inaugurar o novo centro de saúde mental comunitária de Gondomar".
Articulação com Hospital de Santo António
Já Carlos Nunes, presidente da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte), recordou a "articulação" feita entre os Agrupamentos de Centros de Saúde de Gondomar e o Centro Hospitalar Universitário de Santo António, que já no passado permitiam que as "consultas de psiquiatria acontecessem nos próprios centros de saúde".
Esta sexta-feira, no dia em que também foi assinado o auto de transferência da área da saúde, entre a ARS Norte e a Câmara de Gondomar, o presidente do Município, Marco Martins, referiu que esta "é a última transferência" que recebe, assumindo que "é uma missão complexa".
E explicou: "Temos dois tipos de transferências. Uma para investimento, que ultrapassa os cinco milhões de euros, apesar de com o aumento do custo das obras não vai ser fácil cumprir, mas acreditamos, por isso, no reforço que o Governo vai fazer ao PRR [Plano de Recuperação e Resiliência]. Outra, diz respeito ao funcionamento regular do ACES de Gondomar, para o qual será transferido dois milhões e 18 mil euros, mas que pelas nossas contas faltam 15%. Estou convicto que com o acordo que a Associação de Municípios vai em breve estabelecer com o Governo nessa matéria, e com aquilo que a Comissão de Acompanhamento da Transferência vai fazer, será possível nivelar, acautelar e recuperar esse valor".
Entre as obras que terão o apoio do PRR está o novo centro de saúde que vai ser construído na Rua das Arroteias, em Rio Tinto, e que vai servir 25 mil utentes.