População de Gondomar elogia rapidez, até para ir ao centro comercial.
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Desde que sai de casa, em S. Pedro da Cova, Gondomar, para chegar a Matosinhos, onde trabalha, Sandra Martins demora em média "uma hora e meia", sendo preciso usar "dois autocarros mais o metro". Para chegar ao Porto, Sandra utiliza as linhas 801 e 804 da STCP e já na zona do Campo 24 de Agosto, na freguesia do Bonfim, entra no metro que a leva até Matosinhos.
Um esforço diário que a residente no concelho de Gondomar não troca "por nada". "Não trocaria esse tempo por uma viagem mais rápida de carro?", perguntamos. A resposta saiu pronta: "Não, de forma nenhuma! Primeiro não tenho carro e depois acho que só ocupa espaço nas cidades e só dá gastos".
Sandra diz que não compreende quem vai às compras, a cinco minutos de casa, e usa o automóvel, preferindo "ir a pé". Daí que não tenha dúvidas em afirmar que o metro é o meio de transporte que "mais gosta", porque "não apanha trânsito, nem fica preso em semáforos".
Fila para o autocarro
O mesmo diz Carla Pinto, 48 anos, residente em Baguim do Monte, ainda que considere "uma pena" este "não ir até Ermesinde [Valongo]".
Todos os dias para chegar ao trabalho, no Porto, Carla demora "cerca de duas horas", em viagens que faz nos autocarros 94 e 70 da Gondomarense. Já o metro "é muito prático", sobretudo quando se desloca até ao centro comercial Parque Nascente.
Também Mónica Vieira, 22 anos, passou a eleger o metro como transporte "preferido", por ser "mais prático", apenas criticando o facto de "chegado a Fânzeres não ter continuação".
Pior sorte tem a população de S. Cosme, restando-lhes apenas os autocarros para se deslocarem dentro e fora do concelho. Na Rua 25 de Abril, os passageiros esperam numa fila que o 07 da Gondomarense os leve até Broalhos, em Medas, passando por Jancido.
Já no Largo de Santo António, Domingos Costa, 68 anos, espera pelo autocarro para o levar até Campanhã, no Porto. "Daqui só posso ir de autocarro, não há mais nada", lamenta.