Diariamente saem do concelho 48 441 pessoas para trabalhar ou estudar, sendo que 24 400 se deslocam para a Invicta. Maioria das deslocações fazem-se de carro e autocarro.
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Diariamente, no concelho de Gondomar entram 11 710 pessoas para trabalhar ou estudar e saem 48 441, de acordo com os dados dos Censos 2021, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Nestes movimentos pendulares, o Porto é o destino preferencial dos gondomarenses, onde chegam por dia 24 400 pessoas. Seguem-se a Maia (5220) e Gaia (4431).
Num município que tem uma área total de 131,86 km2, com sete freguesias tão díspares entre o alto concelho e a zona urbana, o carro é o transporte mais utilizado (11 310), seguido do autocarro. E ainda que a população escolha o metro como meio de transporte preferido - as viagens não ficam sujeitas ao trânsito, nem aos semáforos -, o certo é que a grande maioria continua a optar pelo carro para se deslocar.
Sinal disso mesmo são os parques de estacionamento junto às estações de metro, que estão sempre à pinha. Como acontece na Levada, em Rio Tinto (a última no concelho antes de entrar no Porto), ou a de Fânzeres (a primeira da Linha Laranja para quem se dirige para a Senhora da hora, em Matosinhos, onde há a possibilidade de garantir um lugar sentado).
Curioso é também constatar que de carro os gondomarenses chegam a qualquer um dos concelhos do anel central do Grande Porto, (como Maia, Matosinhos, Porto, Valongo ou Gaia) em viagens que duram entre 16 e 30 minutos.
metro não chega a S. cosme
Segundo a população, ouvida pelo JN, outra condicionante que faz com que mais gente use o carro nas suas deslocações diárias prende-se com o facto de o metro (que começou a operar em Gondomar em 2011), ainda não chegar ao centro, sendo S. Cosme apenas servido por autocarros da Gondomarense e da STCP.
A tão ansiada linha do Souto, que devia ter arrancado em 2019, agora estará prevista para o final de 2024.
A empreitada, que terá um custo de 140 milhões de euros, apresenta um percurso com nove estações e na sua totalidade a expectativa é que venha a ter cerca de 41 mil validações diárias, sendo que irão usufruir deste investimento aproximadamente 80 mil passageiros. Sobretudo, quem vive em São Cosme, Valbom, os que moram na parte mais a sul de Fânzeres e todo o alto concelho.
De resto, a única exceção em que o carro deixa de ser usado é quando as pessoas trabalham ou estudam na freguesia em que vivem, onde a grande maioria se desloca a pé. Mas, dentro do município, basta terem de fazer as viagens para outra freguesia e o carro volta a ser o meio mais utilizado pela população.
O comboio é o tipo de transporte que não tem expressão neste território, à exceção de Rio Tinto, onde se usa sobretudo nas deslocações para o Porto.
Detalhes
Fluxos
Dos outros cinco concelhos do anel central da Área Metropolitana do Porto, é de Valongo que mais pessoas se dirigem para Gondomar para trabalhar ou estudar (2516), seguido do Porto (1800). Em ambos os casos, o carro é o meio mais utilizado. Já a Maia é a proveniência com menos entradas diárias (1451).
Opções
Enquanto que Gondomar é o concelho que mais usa o autocarro como principal meio de transporte nas suas deslocações para o trabalho (8565), Gaia , por seu turno, é o território que mais utiliza o metro (6517). Já o comboio é o mais usado em Valongo (3066).
Dados
31,13 minutos
é em média o que gastam os habitantes das freguesias de Melres e Medas diariamente nas suas deslocações, de acordo com os Censos. Menos dez minutos demoram as pessoas que vivem em S. Cosme, Valbom e Jovim.
6640 passageiros
oriundos de Gondomar deslocam-se diariamente para o Porto para trabalhar ou estudar usando o autocarro como meio de transporte. Em transporte coletivo da empresa ou da escola viajam 226 pessoas.