A APDL, Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, vai gerir o terminal ferroviário de mercadorias de Leixões, em Matosinhos, à semelhança do que já acontece com o terminal da Guarda. A decisão, aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros, confere a transmissão de competências da Infraestruturas de Portugal para a APDL, "permitindo um impacto positivo a nível económico e social, bem como a criação de mais um passo decisivo rumo à neutralidade carbónica".
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Para o presidente da APDL, Nuno Araújo, a integração do terminal "vai permitir aumentar a cota ferroviária, as mercadorias movimentadas pelo Porto de Leixões e as soluções para a cadeia logística, com ganhos evidentes em rapidez e competências".
Ainda segundo o responsável, a passagem da IP para a APDL também contribuirá para "diminuir a pegada ambiental, sendo este um importante contributo para a descarbonização da economia, no cumprimento das metas a que o país se propôs, tanto no que concerne à estratégia para a Mobilidade Sustentável e Inteligente da União Europeia, que prevê a duplicação do transporte ferroviário de mercadorias e a triplicação do número de passageiros em alta velocidade, bem como em relação ao compromisso no âmbito do Roteiro para a Neutralidade Carbónica".
O presidente da APDL considera a conexão entre o transporte marítimo e ferroviário "decisiva" para a eficiência da resposta do Porto de Leixões aos seus clientes. "Permitirá uma melhoria dos processos, através da maior agilidade, simplificação e otimização da movimentação de carga de e para Leixões. Também conduzirá a uma diminuição das assimetrias do território", sublinhou.
Neste momento, em Leixões, um contentor que venha pela ferrovia para o transporte marítimo tem que sair da ferrovia, entrar na área urbana e percorrer os 18 quilómetros que distam a entrada no Porto de Leixões. Agora, a gestão deste terminal, que acontecerá no primeiro dia útil após decorrerem seis meses da promulgação do diploma, vai permitir criar uma rede de ligação ao resto do país e à Europa.