O Governo aprovou, esta semana, a autorização de despesa para a construção do Centro de Ambulatório e Radioterapia do Centro Hospitalar Tondela Viseu (CHTV). A obra, reclamada há vários anos pela região, vai custar 25,8 milhões de euros.
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O anúncio da aprovação do financiamento do projeto foi feito hoje pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, durante as comemorações dos 25 anos do atual edifício do Hospital de São Teotónio, que integra o CHTV.
"É com entusiasmo que anuncio que aprovámos esta semana a construção do novo Centro de Ambulatório e Radioterapia do CHTV, tendo sido autorizada a aquisição da empreitada de construção do referido centro. É um investimento de 25,8 milhões de euros cofinanciado em mais de 13 milhões de euros por fundos comunitários, no âmbito do Portugal 2020", explicou o governante, recebendo uma ovação após o anúncio do projeto.
Recordando que esta é "uma ambição antiga" e uma "uma obra necessária", António Lacerda Sales salientou que com o novo centro "os doentes oncológicos terão mais e melhor acesso" a cuidados de saúde.
O novo serviço vai beneficiar os utentes de Viseu, mas também do distrito vizinho da Guarda, que quando o Centro de Ambulatório e Radioterapia estiver pronto deixarão de ter que se deslocar para Coimbra ou Vila Real.
"O mais importante é a sensibilidade deste Governo para que os doentes oncológicos possam ter o melhor tratamento possível, o mais perto possível de sua casa", defendeu o governante em declarações aos jornalistas.
António Lacerda Sales escusou-se a avançar prazos quanto à concretização do projeto.
Em junho do ano passado, o presidente do conselho de administração do (CHTV) dizia que se "tudo correndo bem", o Centro de Ambulatório e Radioterapia estaria pronto no final de 2023.
As obras, estimava, deviam começar no final do primeiro trimestre de 2022, o que não aconteceu. Os trabalhos devem durar pelo menos um ano e meio.
Mais camas nos cuidados intensivos
Os 25 anos do hospital de São Teotónio ficaram ainda marcados pela inauguração da nova ala dos cuidados intensivos. A unidade tem mais 12 camas, quando só tinha oito. O investimento foi superior a três milhões de euros.
A nova unidade deve começar a receber os primeiros doentes já no próximo mês de agosto.
A diretora do serviço aproveitou a sessão para reclamar mais médicos. A unidade tem oito clínicos e segundo Ana Albuquerque precisa de pelo menos mais dois.
"Nós agora somos oito médicos, mas só quatro é que estão a fazer noite. Dez seria o ideal para poderem estar sempre dois médicos nas 24 horas do dia", afirmou Ana Albuquerque.