Na sequência da decisão da Galp de parar a atividade de refinação em Matosinhos, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática mostra-se preocupado com "o destino dos trabalhadores afetos àquela unidade industrial".
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A Galp anunciou, esta segunda-feira, que vai concentrar a atividade de refinação na Refinaria de Sines e deixar as operações de produção da Refinaria de Matosinhos.
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O Ministério do Ambiente e da Ação Climática diz que é uma decisão tomada no âmbito de um "processo de transformação nacional e internacional do setor energético, visando, de forma geral, a sua descarbonização" mas "levanta preocupações, sobretudo no que respeita ao destino dos trabalhadores afetos àquela unidade industrial".
Em comunicado, o ministério tutelado por João Pedro Matos Fernandes "manifesta desde já a disponibilidade para, em nome do Governo, reunir com a Galp e com as estruturas representativas dos trabalhadores, exigindo da empresa todo o empenho e sensibilidade social para procurar soluções para o futuro próximo".
Acrescenta ainda que "o Ministério do Ambiente e da Ação Climática e o Ministério do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social estão a proceder à definição de políticas de formação e de qualificação profissional, assegurando a disponibilidade de recursos humanos, qualificados ou requalificados, para os desafios decorrentes da transição para a neutralidade carbónica".
"Para esse efeito, estes ministérios procederam à constituição de um grupo de trabalho para a avaliação da oferta e da capacidade de resposta do Catálogo Nacional das Qualificações, mediante a criação de novos perfis profissionais e/ou o desenvolvimento dos referenciais de formação dos existentes. O caso da refinaria de Leça da Palmeira, como o da central elétrica a carvão de Sines, são óbvias prioridades deste grupo de trabalho", lê-se no comunicado do Ministério do Ambiente.