O Conselho de Governo Regional da Madeira reuniu-se, esta sexta-feira, para "tomar decisões face à tragédia" dos fogos, considerando estar em causa "terrorismo incendiário" que tem de ser investigado e punido pelas autoridades.
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O executivo sublinha, numa nota distribuída pela presidência, "a dispersão de pontos em que os incêndios iam sucessivamente ocorrendo, numa multiplicação de locais nunca antes vista, obrigando tecnicamente a uma dispersão de meios, os quais a região dispõe para situações de catástrofe, mas nunca para uma impensada multiplicidade desta natureza".
Por isso, o Governo Regional "está convencido de que se está perante um terrorismo incendiário, que espera que as autoridades competentes do Estado saibam averiguar, descobrir e punir".
A presidência informa que "não há vítimas a lamentar, nem há qualquer pessoa em perigo de vida" e que algumas pessoas foram levadas temporariamente para a unidade militar ou para instalações sob tutela do Governo Regional, "voltando imediatamente aos respetivos domicílios todos os que se encontrem em situação para tal permitida".
O Governo Regional dispõe já de habitações para os casos de casas irrecuperáveis e antes habitadas.
A mesma nota informa que o Conselho de Governo madeirense "autorizou cada um dos seus membros, no âmbito da respetiva tutela, a recorrer aos apoios nacionais e europeus previstos ou possíveis para serem enfrentadas as novas situações de dificuldade que infelizmente se preveem".
Os governantes devem, "no âmbito do respetivo orçamento, proceder às transferências de verbas devidamente articuladas com a Secretaria Regional do Plano e Finanças" e prosseguir com a inventariação das medidas urgentes e possíveis.
O executivo salienta que "todos os meios necessários sob tutela do Governo Regional foram mobilizados permanentemente para combater a vaga de incêndios dispersos e sequenciados, numa situação de calamidades simultâneas, impossíveis de acorrer".
A presidência indica que há já reservas de água, apelando ao consumo moderado por parte da população, e que decorre agora a limpeza das estradas e a verificação da respetiva segurança, pelo que poderá haver fechos em alguns troços.