O Governo português vai assumir o repatriamento humanitário de José Ferreira, o emigrante na Alemanha que enfrenta um cancro no fígado em estado avançado. A família, como o JN avançou, não tem condições económicas para pagar os custos da viagem com acompanhamento médico.
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"Ainda não sabemos em que condições poderá ser repatriado, mas estamos a recolher informações para tratar do repatriamento por condições humanitárias. Não é uma questão de não haver cuidados médicos na Alemanha, mas é uma doença terminal. Por isso, por motivos humanitários, estamos a considerar a possibilidade de apoiar o repatriamento", adiantou a secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes.
A governante diz que o consulado em Estugarda, que tem jurisdição em Munique, onde José Ferreira está internado, já está em contacto com a mulher do emigrante e um amigo da família que tem feito a ponte entre os dois países.
Segundo a mulher, Cristina Vicente, a alta hospitalar estaria marcada para depois de amanhã. No entanto, a embaixada ainda aguarda o relatório médico "e as condições em que o repatriamento poderá ser feito", sublinhou Berta Nunes.
Recorde-se que os primeiros sinais de que algo não estaria bem com a saúde de José Ferreira surgiram nas férias de Natal, quando veio visitar a família a Braga. A 17 de dezembro, foi a uma Urgência do Hospital de Braga com dores abdominais e, apesar dos sintomas se agudizarem, só voltou a ser visto por um médico quando regressou a Munique, a 12 de janeiro. Está internado desde esse dia.
Antes de saberem do apoio do Governo português, a mulher e os amigos lançaram um apelo nas redes sociais para angariar donativos para trazer o emigrante para Braga, uma vez que o hospital em Munique onde José Ferreira está internado garantiu que "não há mais nada a fazer" para salvá-lo, relatou Cristina Vicente.