Um nó de acesso à autoestrada na zona norte do concelho – Taipas, Ponte, Brito – é uma proposta que une vários candidatos à Câmara.
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A mobilidade, num sentido abrangente, incluindo o transporte público e as vias de acesso, será um dos temas da campanha eleitoral em Guimarães. Num município policêntrico, com nove vilas, algumas delas com grandes polos industriais, as vias de acesso à sede do concelho e às autoestradas são fulcrais. Mais recentemente, ao saber-se que a estação da futura linha de alta velocidade ficará a oeste de Braga, a necessidade de uma ligação em via dedicada ao município vizinho tornou-se premente, mas as soluções propostas são distintas: o candidato do PSD/CDS e o atual presidente da Câmara (PS), defendem o metrobus; o candidato socialista quer metro ligeiro; e a CDU, há muito que defende uma ligação ferroviária.
Em Guimarães há problemas de mobilidade em todas as direções. A sul, a EN 105, que liga a Vizela e a Santo Tirso, está congestionada e, em muitos locais, sem grandes possibilidades de intervenção, porque durante anos foi sendo licenciada construção ao longo da via, o que inviabiliza o seu alargamento. Ricardo Araújo (PSD/CDS), tal como Ricardo Costa (PS) e Nuno Vaz Monteiro (Chega) falam em intervir nesta estrada, espera-se que expliquem como, durante a campanha. Domingos Bragança, o atual presidente, em face dos estudos que encomendou, já tinha chegado à conclusão que não era possível fazer grande coisa para melhorar a estrada e investiu na possibilidade de instalar um metro intraconcelhio na linha ferroviária que liga ao Porto.
Parques industriais
A norte, há duas grandes vilas – Ponte e Taipas – e vários parques industriais, incluído o Avepark, servidos pela, quase sempre congestionada, EN 101. É esta zona que será servida pelo metrobus (autocarros em via dedicada) que vai ligar ao sistema de Braga, com uma extensão ao Avepark. É nesta solução que a Câmara tem estado a trabalhar e é a preferida por Ricardo Araújo. Ricardo Costa, contudo, promete um metro ligeiro. Já Mariana Silva, como a CDU já o fazia, continua a defender uma ligação a Braga por ferrovia pesada (comboio). Excetuando a CDU, que dá prioridade ao transporte público, os outros candidatos concordam que é preciso um nó de acesso à autoestrada na zona Norte, embora divirjam na localização.
A oeste, o desnivelamento da rotunda de Silvares, inaugurado em março de 2021, resolveu o problema do acesso à autoestrada, mas ficou por tratar o corte para a EN 206 – na direção de Brito, Ronfe, Famalicão. A Leste, há territórios que continuam muito longe do centro, seja de carro ou de transporte público, até porque a concessão da Guimabus não abrange todas as freguesias. Mariana Silva propõe a municipalização do serviço, Ricardo Araújo, um aumento da oferta em 30%.