Edifício projetado para produzir a energia de que necessita e para ter baixos custos de manutenção.
Corpo do artigo
O Município de Guimarães está a construir, no Avepark, em Barco, uma residência para estudantes, investigadores e professores com ênfase nas componentes de eficiência energética e sustentabilidade.
O novo alojamento universitário vai estar concluído no início do próximo ano letivo e terá quartos individuais, duplos, estúdios e apartamentos de diferentes tipologias. A construção vai custar, aproximadamente, 14 milhões de euros, dos quais 5,7 milhões são financiados através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
A nova residência situa-se no parque de ciência e tecnologia, onde funciona o polo vimaranense do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) e o Instituto 3B’S, uma unidade da Universidade do Minho dedicada à investigação em biomateriais, biodegradáveis e biomiméticos.
O edifício vai ser construído de forma modular, em materiais pré-fabricados, principalmente em madeira.
O projeto de construção de um edifício de três andares em madeira, incomum em Portugal, conduziu a uma parceria entre a Portilame e a Carmo Wood, duas empresas concorrentes neste setor.
Será construído como “net-zero”, o que significa que venha a ser em grande medida autossuficiente em termos energéticos, graças à sua cobertura revestida a painéis solares. Terá baixas emissões de CO2 e custos de manutenção reduzidos.
“Este edifício está destinado a ser um modelo para o futuro da construção sustentável”, prevê a Câmara de Guimarães
A nova residência foi projetada para acolher diversos perfis dentro da população académica: estudantes, investigadores e professores. Para isso, vai estar equipada com zonas comuns para lazer e refeições e terá vários tipos de alojamento: 20 quartos individuais; 35 quartos duplos; 24 estúdios; 31 apartamentos (quatro T0, 22 T1 e 5 T2). No total, a residência universitária do Avepark vai oferecer 177 camas.
Ainda na Cidade Berço, a Universidade do Minho tem também em projeto a reconversão da antiga Escola de Santa Luzia, na rua Francisco Agra, em residência para estudantes que, no âmbito do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior, deverá disponibilizar mais 150 camas.