A aldeia de Vilar de Perdizes, em Montalegre, celebra o Halloween no sábado, um evento que atrai cada vez mais visitantes que se transformam em "bruxas, diabos e mafarricos" e procuram o esconjuro do padre António Fontes.
Corpo do artigo
Este Halloween transmontano é organizado pela Associação de Defesa do Património de Vilar de Perdizes, que disse hoje querer atrair pessoas de todo o país para potenciar a economia local, divulgar os produtos tradicionais e a cultura do Barroso.
O palco é a mítica aldeia do distrito de Vila Real que ficou conhecida pelos congressos de medicina popular promovidos pelo padre António Fontes.
O sacerdote católico é mesmo a principal atração desta noite de 'Halloween', pois é a ele que faz a tradicional queimada, um licor à base de aguardente, canela e maçã com efeitos, que é capaz de "esconjurar todos os males".
No sábado, os moradores da aldeia decoram as suas casas e estabelecimentos comerciais com abóboras iluminadas para assinalar a data.
Depois, é aberto um ateliê de caracterização para "retocar bruxas, bruxos, trasgos e dianhos de última hora" e depois do jantar "embruxado" nos restaurantes da aldeia, as personagens diabólicas vão juntar-se no "terreiro da bruxaria".
Segue-se um cortejo com os participantes a viverem situações inesperadas com a presença de personagens ocultas à luz de velas a provocar muitos percalços e sustos e depois de distribuída a queimada há baile pela noite dentro.
A Associação de Defesa do Património de Vilar de Perdizes, organizadora do evento, irá ainda atribuir um prémio aos três melhores decoradores de abóboras.
Esta festa antecipa a sexta-feira 13 de novembro, a terceira e última do ano.
Desde 2002, que a Câmara de Montalegre festeja as sextas-feiras 13, iniciativa que já faz parte do calendário cultural da região e se tornou numa das maiores festas de rua do país.
Este evento tornou-se um "balão de oxigénio" para as atividades económicas locais, pois atraem milhares de visitantes ao território.