Brasileiros encantados com o que veem e ouvem. Espanhóis e franceses lideram ranking internacional.
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Sexta-feira, 27 de janeiro, final da manhã. É inverno, a chamada época baixa para o turismo, mas o movimento nas caves, na marginal de Gaia, não pára. É assim o ano inteiro, com o pico no verão. Nas caves Ferreira, da Sogrape, tinha acabado uma visita, com idioma em português, a que se seguiu outra em inglês. Sempre com clientes atentos ao guia, às pipas, ao cheiro do vinho e tudo mais. Ninguém dá o tempo por perdido.
Do Brasil, viajou Erivan Lopes, acompanhado por compatriotas. O pódio do ranking dos visitantes é formado por portugueses, espanhóis e franceses, mas os brasileiros também estão bem posicionados na lista do top 10. "Já estivemos em Lisboa e visitamos o Porto para conhecer o Douro, porque gostamos dos vinhos. Tínhamos a curiosidade de conhecer o vinho do Porto", explica, animado, Erivan Lopes.
Sobre a visita guiada nas caves Ferreira, faz os seus destaques: "A preservação histórica é o que há de mais interessante. A história de como é produzido o vinho do Porto, tanto as pipas como toda a produção, foi muito aliciante para nós, que somos consumidores".
Para a sua terra natal, o estado de Piauí, no Nordeste brasileiro, promete levar um ótimo cartão de visita. "Vamos levar uma imagem muito boa e a consciência de que a construção de um nome como o vinho do Porto é algo que demora séculos. É uma história muito bonita para contar", sublinha.
Nórdicos também gostam
Na mesa, a confraternizar no final do périplo e a provar o vinho, a conterrânea Sónia Pereira também está encantada. "Gostei imenso de toda a história. Regresso ao Brasil muito empolgada com tudo o que vi retratado até chegar à degustação. Somos fãs do vinho e não podíamos deixar de conhecer", diz, satisfeita.
"O sabor é muito bom. Gosto bastante. O vinho do Porto é muito conhecido, o humor melhora 100%", afirma, na conversa que decorre em tom animado.
À zona histórica de Gaia chegam viajantes de todo o Mundo. Do continente europeu, além de espanhóis e franceses, os turistas provenientes do Reino Unido, da Alemanha e de Itália também ocupam lugares de relevo. Isto, sem descurar o contingente que chega dos países nórdicos. Os Estados Unidos também são uma boa fonte de clientes.