Horácio Barra é o homem escolhido pelo Partido Socialista para vencer a Câmara de Barcelos. Um novo hospital e a rede viária são dois dos principais objetivos.
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Há 16 anos, Horácio Barra, do PS, perdeu as autárquicas para Fernando Reis, do PSD, mas volta agora com as energias renovadas para ocupar um dos poucos cargos municipais que ainda não ocupou. Foi vereador, deputado municipal e, nos últimos quatro anos, presidente da assembleia municipal. Agora, o advogado barcelense, de 67 anos, acredita que vai vencer as eleições, afirmando que a luta interna está ultrapassada. Quer dar continuidade ao trabalho desempenhado pelo seu partido nos últimos 12 anos na liderança municipal, acrescentando ideias e projetos novos ao atual executivo liderado pelo companheiro socialista Costa Gomes.
Volta a ser candidato 16 anos depois. Porquê?
Quando me foi endereçado o convite, depois da ponderação necessária, mostrei-me disponível. Eu já passei por todos os cargos a nível autárquico, só me falta um, que é o de presidente da Câmara.
Como irá trabalhar com Alexandre Maciel, que pretendia ser o candidato do PS, mas que acabou por ser um nome imposto pela Distrital para fazer parte da sua lista?
Quem se apresenta como candidato em representação de um partido é exigido capacidade de consensualizar soluções, agregar pessoas e as unir à volta de um projeto. Está decidido, é uma questão do passado e não perco mais tempo com isso. O que vou pedir a todos os vereadores são as mesmas coisas: lealdade nas funções e disponibilidade para trabalhar por Barcelos. Cumprindo isso, não há distinção entre as pessoas.
É o fim de ciclo na presidência de Costa Gomes. Não teme que seja um fim de ciclo para o PS?
As ideias e projetos que quero apresentar para Barcelos vão ter a adesão da maioria dos barcelenses e os fins de ciclo marcam só a presença de pessoas que têm maneiras de ser diferentes.
Será uma governação de continuidade?
O PS tem princípios orientadores, mas é evidente que todos nós temos diferentes visões sobre as coisas. Há questões que já estão firmadas pelo Partido Socialista, mas há outras que terão abordagens novas porque é preciso inovar. O que não quer dizer que o PS não tenha feito um trajeto positivo nos três mandatos. É inegável que Barcelos está melhor do que estava em 2009.
Quais os principais projetos para o mandato?
Primeiro, temos de concretizar a execução de um novo hospital de Barcelos. Depois, temos outro problema que foi criado pelo PSD em 2004 quando resolveu contratualizar a concessão da água e saneamento. É muito difícil resolver esse problema, decorrem negociações, mas tem de haver bom-senso. Outras duas questões têm a ver com a rede viária, que é terminar a circular urbana, fazer uma recuperação de toda a rede viária e acabar com arruamentos a servir habitações em terra batida. Depois, temos a perda de valências do tribunal que têm efeitos ao nível da indústria, comércio e serviços. Por outro lado, temos de potenciar o rio Cávado para ser um polo de desenvolvimento do concelho. E temos de planear recorrendo à chamada bazuca europeia.