Principal objetivo é ter vagas disponíveis para pacientes com atos médicos agendados ou provenientes da urgência. Em dois meses, novo serviço acolheu 449 pessoas.
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O Hospital de Braga criou um espaço destinado a acolher os pacientes que tiveram alta clínica e que aguardam transporte para saírem da unidade, o que possibilita que as camas do internamento sejam libertadas mais rapidamente para receber outros doentes. A aposta neste sistema de “alta centralizada”, que foi implementado no início de outubro, surgiu tendo em conta a taxa de ocupação média superior a 95% que se registava nas 704 camas disponíveis para internamento. Em pouco mais de dois meses, até ao dia de ontem, passaram por este local 449 doentes, permitindo que as camas tenham ficado livres mais 1068 horas do que aconteceria se o utente permanecesse internado.
“Estamos a falar de um número de horas muito significativo em que as camas ficaram disponíveis para acolher outros doentes que tiveram de ser internados”, diz ao JN a enfermeira diretora do Hospital de Braga. Fátima Faria sublinha que a taxa de ocupação elevada deixava uma “margem muito pequena” de camas livres, até porque os doentes permaneciam “muito tempo” na unidade hospitalar após terem alta. “Constatamos que, em média, passavam mais de duas horas entre a alta clínica e a saída, o que acontecia por várias razões, nomeadamente a falta de transporte”, realça a responsável de enfermagem, considerando que essa realidade “impactava” em várias áreas.