Igrejas evangélicas no Porto crescem. "Não focamos só na música, mas nos evangelhos"
Igrejas evangélicas no Porto conquistaram mais fiéis graças aos imigrantes. Cultos progressistas ajudam.
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São cinco da tarde de um domingo, e o som abafado de uma bateria quebra o silêncio de uma pequena e pacata travessa no Carvalhido, no Porto. As batidas ecoam pelas janelas da sala de culto evangélico da Assembleia de Deus, e são o preâmbulo para o que virá dali a meia hora, quando os instrumentos musicais fizerem vibrar o templo - edifício e almas.
A música embala, e o ritmo dita a escala das emoções: canta-se em pé, de olhos cerrados; erguem-se mãos abertas e meneiam-se corpos ao sabor da melodia, que tanto pode ir dos cantos corais ao metal, como ao pop, rock, soul, gospel e R&B, entre outros géneros adaptados ao perfil da comunidade, como explica o pastor Pedro Costa, que preside à CIIP Norte - Comunhão das Igrejas dos Irmãos em Portugal e regista "um crescimento significativo de fiéis, que ronda os 5% ao ano e se deve principalmente à imigração do Brasil, Angola e Moçambique". Em 2021, eram cem mil fiéis, número que subiu para 250 mil neste ano.