De acordo com a Proteção Civil, os incêndios florestais continuam a lavrar em Arouca, esta quarta-feira de manhã, nas freguesias de Santa Eulália, Tropeço e Alvarenga, mobilizando 774 operacionais, apoiados por 257 veículos, sete meios aéreos e três máquinas de rasto.
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O incêndio que lavra no concelho de Arouca já consumiu cerca de quatro mil hectares de mato e provocou danos parciais em duas habitações - uma de primeira residência e outra de segunda habitação. Apesar da dimensão do fogo, o combate entrou agora "numa fase mais favorável", segundo as autoridades.
De acordo com Helder Silva, comandante das operações de socorro, "não há, para já, incêndios que coloquem habitações em perigo (...) a situação é mais favorável". No entanto, alertou que "os ventos são erráticos e pode haver alterações das condições atmosféricas que podem ainda causar problemas nos acessos às habitações".
Ainda segundo o responsável, "a situação está mais calma, mantemos três frentes. (...) Hoje respira-se um pouco melhor em Arouca, fez-se muito trabalho de consolidação para que hoje pudéssemos estar um pouco mais calmos".
Foto: Leonel de Castro
Também Margarida Belém, presidente da Câmara Municipal de Arouca, destacou os prejuízos já causados pelas chamas. "Temos estragos em habitações e palheiros. Vamos precisar de fazer uma avaliação daquilo que são os prejuízos na nossa comunidade", afirmou.
A autarca reconhece que o risco ainda não está totalmente afastado: "A preocupação continua, porque as possibilidades de reacendimento são grandes. Mas é tempo de agradecer a todas as corporações, populares e proprietários que estiveram no terreno a combater este incêndio".
A avaliação dos prejuízos será realizada nos próximos dias, de acordo com Margarida Belém, que sublinhou a gravidade da situação: "No concelho arderam já quatro mil hectares de mato".