O presidente da Câmara de Castelo de Paiva, José Rocha, revelou pelas 18.30 horas à Lusa a possibilidade do incêndio em Arouca voltar a passar para o seu concelho, no lugar de Gondra.
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"Temos situações pontuais de reacendimentos, sendo que no lugar de Gondra há uma situação que causa alguma preocupação com a possível junção do fogo que vem de Arouca do lado do lugar de Folgosinho", relatou o autarca, que precisou terem-se apercebido do perigo há cerca de uma hora (17.30 horas).
Dado estar em curso as operações de rescaldo e vigilância do incêndio que desde segunda-feira lavra em Arouca e que passou ao início da tarde desse dia para Castelo de Paiva, o regresso das chamas impulsionado pelo incêndio no concelho vizinho foi "salvaguardada desde o primeiro momento", disse.
"Sim, havia meios no local e estão a ser reforçados para o combate", acrescentou o autarca.
Cerca das 9 horas, em declarações à Lusa, José Rocha, indicou que a situação estava "mais controlada", acreditando que "se as condições ajudarem e se não houver nada de transcendente, hoje [o fogo] fica resolvido".
De acordo com informação disponível na página de Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), às 18.32 horas estavam mobilizados para este incêndio em Arouca 705 operacionais, apoiados por 251 viaturas e dois meios aéreos.
Falta de condições de segurança impede mais meios aéreos
A Proteção Civil invocou hoje falta de condições de segurança, devido à falta de visibilidade, para empenhar mais aeronaves no combate aos incêndios rurais no norte de Portugal, em particular no concelho de Arouca.
Em declarações aos jornalistas, o adjunto de operações nacional, Carlos Pereira, disse que a partir das 14 horas de hoje houve "uma dificuldade extremamente elevada de empenhar meios aéreos" para o incêndio de Arouca, devido à falta de visibilidade por causa do fumo no céu.
Segundo Carlos Pereira, havia "falta de condições de visibilidade e de segurança" para os pilotos manobrarem as aeronaves.