Um incêndio de grandes proporções que deflagrou junto ao Bairro Francisco Pires, na Moita, causou ontem um enorme susto a centenas de moradores e obrigou à evacuação de uma escola, devido à concentração de fumo, que era visível em quase todo o distrito de Setúbal.
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As chamas deflagraram pouco depois das 14.30 horas e só três horas depois os mais de 100 bombeiros de uma dezena de corporações da zona conseguiram controlar o incêndio. Cerca de 25 a 30 hectares de mato e floresta terão sido consumidos.
O vento forte foi o principal inimigo dos bombeiros, uma vez que "mudou várias vezes de rumo", conforme explicou ao JN Carlos Picado, comandante dos Bombeiros Voluntários da Moita.
Vários bairros estiveram muito perto do incêndio, tanto no concelho da Moita, como no do Barreiro, sobretudo na Cidade Sol e no Vale Trabuco. "No início, algumas casas estiveram ameaçadas, mas depois tudo ficou resolvido", afirmou.
Questionado sobre as origens do fogo, o comandante não avançou com possíveis causas, argumentando que o caso está a ser investigado. Confirmou, no entanto, que a Polícia Judiciária de Setúbal esteve no local e percorreu toda a área ardida.
Certo é que o fogo começou em vários locais, distantes entre si. Mas não se sabe ainda se foi fruto do vento ou mão criminosa. "Houve um primeiro foco de incêndio junto ao Bairro Francisco Pires, na freguesia de Alhos Vedros (Moita) e, ao mesmo tempo, no Barreiro", disse o comandante.
Ao todo, estiveram no local, 108 bombeiros, 10 corporações de bombeiros apoiadas por 34 viaturas, pela Força Especial de Bombeiros, militares da GNR e um helicóptero da Autoridade Nacional de Protecção Civil.
