O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) desmentiu hoje a alegada dívida no valor de 225 mil euros reclamada pelos Bombeiros Voluntários de Monção, por serviços prestados e ainda não pagos por aquele organismo. Afirma que o montante da mesma é de cerca de 31 mil euros e será pago “a curto prazo”.
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Em resposta a questões enviadas pelo JN, depois da corporação ter anunciado que iria suspender as ações de socorro, fonte oficial do INEM afirma que “o valor em questão não representa dívida”. “Trata-se de um valor reclamado pelos Bombeiros Voluntário de Monção, num processo que ainda corre termos em Tribunal”, explica, indicando que “em causa está a definição do valor a pagar por serviços prestados pela corporação de bombeiros e não protocolados com o INEM, existindo entendimento diferente das duas entidades”.
Ainda segundo a mesma fonte, “o valor efetivamente em dívida neste momento é de 31.314,16 € e corresponde a parte dos subsídios fixos e variáveis de abril e maio, uma vez que os de junho ainda estão dentro do prazo de processamento”. “O INEM prevê que a curto prazo seja possível regularizar estes pagamentos em atraso”, acrescentou.
Recorde-se que, esta terça-feira, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Monção anunciou em comunicado que “está a ponderar suspender a prestação de socorro”, no âmbito da emergência pré-hospitalar, devido a “uma dívida acumulada de 225 mil euros do INEM” para com aquela corporação. A corporação deu conta que avançou com uma ação judicial para cobrança daquele valor, que abrange “não apenas os serviços protocolados [com o INEM], mas também outros serviços extraordinários prestados sem protocolo formal”.
Após divulgação desta posição, a corporação de Valença juntou-se à de Monção, com a ameaça de “redução ou eventual suspensão” da sua capacidade de resposta, dando conta também de “atrasos sistemáticos nos pagamentos” por parte do INEM, que “comprometem a sustentabilidade financeira” daquela associação humanitária.
A corporação de Valença refere que os valores em atraso “ascendem a dezenas de milhares de euros” e que a “persistência” na falta de pagamentos “mina não só a viabilidade financeira” dos Bombeiros como “coloca em causa a boa relação institucional” daquela corporação com o INEM.