Um homem de 28 anos sofreu um acidente de viação a 15 de dezembro e esperou vários dias por uma cirurgia urgente no hospital Amadora-Sintra. A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) instaurou agora um processo de inspeção para "avaliar a qualidade dos serviços prestados".
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De acordo com um comunicado divulgado hoje, a IGAS instaurou um processo de inspeção para "avaliar a qualidade dos serviços prestados, designadamente a prontidão da assistência" ao jovem que, a 20 de dezembro, aguardava há vários dias pela cirurgia urgente.
O homem sofreu um acidente de viação na IC-19 enquanto conduzia uma mota, a 15 de dezembro. Após dar entrada nas urgências do hospital, onde esteve 14 horas, segundo declarações prestadas à TVI, o jovem deveria ter sido atendido por um especialista de cirurgia plástica. No entanto, a 20 de dezembro, ainda não tinha sido visto por nenhum médico da especialidade.
"Tentaram-me coser, cortaram-me os pontos outra vez, disseram-me que tinha de ir para cirurgia plástica, andaram-me a cortar pedaços de pele", relatou o utente, acrescentando que só passados seis dias é que lhe trocaram o penso da ferida, após a mulher ter de "ir buscar um médico às urgências, porque senão nem isso tinham feito".
O hospital não tem serviço de cirurgia plástica nas urgências, mas o homem explica que precisava dessa especialidade porque fez "um buraco no pé", que não pode ser socorrido com pontos, porque "está muito fundo" e "a pele à volta está desfeita", com "ossos à mostra".
O homem insistiu vezes com os responsáveis, pedindo que lhe dessem uma data fixa para a operação urgente, mas o hospital, até dia 20 de dezembro, não lhe deu uma resposta concreta. Contactado na altura pela TVI e pela CNN, o hospital referiu que "está em avaliação a necessidade de intervenção da cirurgia plástica" e que a "referenciação interna para observação do doente pela especialidade de cirurgia plástica já foi efetuada". O hospital acrescenta ainda que "foi prestada toda a assistência necessária".