<p>O Instituto da Água vai repor, "o mais rapidamente possível", areia na praia da Barra para evitar que o mar continue a avançar de forma a colocar em risco os bares de praia, revelou o director de obras do INAG, João Costa.</p>
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O quadro vivido nos últimos dias na praia de Ílhavo é "anormal", diz João Costa, que se baseia nas informações de quem conhece a zona, para a considerar "único nos últimos 30 anos". Na origem da situação, revela, "está o temporal que nas últimas quatro semanas, de forma persistente, tem fustigado a zona, com ondas que vão dos 3,5 a 16 metros". Esta agitação marítima, diz João Costa, "tem sobrelevado o nível médio das águas junto às praias, com as fortes correntes de retorno a retirarem a areia da praia".
Para agravar a situação, e ao contrário do que é normal, "a agitação marítima é de sudoeste, o que levou igualmente à destruição do cordão dunar na zona entre a Vagueira e Mira", acrescenta o responsável do INAG.
João Costa diz que o INAG vai avançar de imediato com os procedimentos necessários à intervenção na praia da Barra, mas lembra que as regras de contratação pública terão de ser cumpridas. Não quer, por isso, comprometer-se com uma data para o início das obras. Refere apenas que serão feitas o mais rapidamente possível, "mas nunca antes das marés vivas, que estão previstas para esta semana" e que poderão agravar o risco de destruição do "Offshore", admite.
Se a reposição de areias não resultar, o INAG avançará com um "plano B", que pode passar, antecipa João Costa, pela utilização de areia dentro de gel, sacos gigantes com areia que são colocados de forma a evitar o avanço do mar.
O presidente da Associação de Concessionários de Praia da Beira Litoral, Manuel Mendes, diz não haver, para já, outros bares em risco.