<p>A morte do menino de dois anos, alegadamente por um banho de água quente, está a ser investigada pela PJ de Aveiro. O menor foi ontem, segunda-feira, enterrada em Esgueira (Aveiro), cerimónia marcada por agressões a jornalistas.</p>
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A Policia Judiciária (PJ) de Aveiro abriu um inquérito para apurar as causas da morte do menino de dois anos, de Vagos. "Foi aberto um inquérito para apurar se se tratou de um acidente ou se estamos perante uma situação de negligência", disse ao JN uma fonte da PJ que referiu estar a aguardar o resultado da autópsia "já que se trata de um elemento muito importante.
Entretanto , ambiente, ontem, no funeral da criança que, alegadamente, terá sido deixada sozinha com uma irmã de oito anos e morreu após um banho de água excessivamente quente, em Vagos, era tenso. Vários jornalistas e fotojornalistas acabaram por ser agredidos por familiares ou pessoas próximas da mãe das crianças, Luísa Proença. Nem o facto de não terem mantido à distância da capela e cemitério de Esgueira (Aveiro) , onde decorreram as cerimónias, ou a presença da PSP, chamada ao local, conseguiu evitar alguns sobressaltos.
Dezenas de pessoas marcaram presença no último adeus ao pequeno Filipe. O menino, de dois anos, morreu na sexta-feira com mais de 90% do corpo queimado, na sequência de um banho com água excessivamente quente. Segundo o relato da irmã a alguns vizinhos, logo após o acidente, terá sido ela quem lhe tentou dar banho e o retirou da banheira quando se apercebeu da elevada temperatura da água. Estaria sozinha com o Filipe e foi a mãe quem chamou por socorro quando chegou, mais de uma hora depois. No sábado, a mãe, que morava sozinha com as duas crianças e já não mantinha qualquer relacionamento amoroso com nenhum dos progenitores dos filhos, veio à porta do apartamento e desmentiu esta versão, afirmando que "estava em casa", mas tinha ido lavar roupa na parte de trás. A demora no pedido de socorro justificou-a com a "falta de saldo no telemóvel".
António Delgado, o pai da menina de oito anos (mas não do Filipe), viu-a, ontem, pela primeira vez, desde que aconteceu a tragédia. Segundo o pai, a criança está, temporariamente, aos cuidados de uma irmã sua que, após o funeral, a levou ao seu encontro. "A minha filha está bem. Agarrou-se-me ao pescoço e não me queria largar, disse que não queira voltar para a mãe" afirma, mantendo a convicção inicial de "pedir a sua guarda ao Tribunal".