<p>O aumento dos pedidos de ajuda levou algumas juntas de freguesia de Sintra a abdicarem da tradicional da iluminação de Natal para, em vez disso, comprarem bens alimentares e ajudar famílias carenciadas.</p>
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Colares, Rio de Mouro e São Marcos são algumas das freguesias que este ano não vão ter as suas ruas iluminadas com as habituais luzes de Natal, uma vez que as juntas optaram por investir as verbas na aquisição de bens alimentares para ajudar as famílias mais carenciadas.
Os presidentes das juntas consultados pela Lusa justificam esta medida com o aumento de pedidos de ajuda de famílias que, além de bens alimentares, já pedem medicamentos, bens de higiene e por vezes apoios monetários para pagar as facturas da água, do gás ou da renda da casa.
"Em Rio de Mouro não vai haver iluminação porque vamos entregar cabazes a 120 carenciados. Tem havido muitos pedidos de ajuda a nível de medicamentos e de alimentação. Há muita gente a perder subsídios e, perdendo esses rendimentos, aumentam as suas necessidades", disse o presidente da junta, Filipe Santos.
Em São Marcos também é esperado um "apagão" natalício. O presidente da junta, Nuno Anselmo, confirma que não vai gastar dinheiro para enfeitar as ruas, uma vez que vai aplicar as verbas no apoio às famílias.
"Não se compadece estar a gastar dinheiro em iluminações de Natal numa altura destas. Noutros anos pedimos a participação do comércio local, mas este ano já não pedimos. Prefiro usar o dinheiro para a acção social", explicou.
Na outra ponta do concelho, em Colares, a junta de freguesia prefere "iluminar os lares das pessoas que necessitam", em vez de aplicar as verbas que tradicionalmente são destinadas à iluminação desta vila rural.
"Vamos aplicar as verbas em cabazes de Natal porque estamos um bocado apreensivos com a questão social. Assim, vamos ajudar as famílias", disse o autarca Rui Franco dos Santos.