A Festa de Ano Novo Chinês, também conhecida como Festival da Primavera e uma das mais importantes datas para aquela comunidade, celebra-se, com gramde pompa, este fim de semana, com diversas iniciativas, das quais se destaca um desfile na Alameda Afonso Henriques, em Lisboa.
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Neste ano de 2025, o novo signo do zodíaco chinês que se celebra é o da Serpente. Segundo a tradição chinesa, a Serpente pode ser considerada símbolo de sabedoria, mudança, longevidade, estratégia, intuição, prosperidade, boa sorte e longevidade, bem como conhecimento, inteligência, criatividade ou renovação.
Os signos do zodíaco do calendário lunar são compostos por 12 animais no total, o que implica que cada signo se renova de 12 em 12 anos, ou seja, só voltaremos ao ano da serpente, quando o ciclo se repetir, em 2037.
O novo ano chinês do calendário lunar, tradicionalmente celebrado entre o final de janeiro e o início de fevereiro, começa esta quarta-feira, mas Lisboa tem preparada uma grande festa, com entrada livre, para sábado e domingo, para assinalar o momemnto.
Trajes tradicionais, danças e gastronomia
Sábado começa com um desfile, das 10.30 às 12.30 horas, repleto de cores, tambores, música, decorações e trajes tradicionais chineses e danças representativas da tradição e cultura do país.
De seguida, pelas 13 horas, espera-se um espetáculo na Fonte Luminosa da Alameda e, pelas 17, um mercado de comida e artesanato ocuparão o mesmo espaço, com esta cultura como temática.
Contudo, este ano há uma novidade, e o evento contará com um segundo dia de festejos na capital portuguesa, promovido pelo Município de Lisboa, a Associação Festival da Primavera Chinesa e a Embaixada da República Popular da China.
Nona nacionalidade estrangeira em Portugal
Desta forma, no domingo, os visitantes poderão contar novamente com um espetáculo às 14 horas e com o mercado de comida e artesanato do dia anterior, para que possam conhecer um pouco mais sobre a cultura e tradições do povo chinês e do seu país, bem como degustar as suas iguarias.
Segundo o Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo, em 2023, a China é a nona nacionalidade mais representativa em Portugal, com 27 873 pessoas, o que equivale a 2,7% da população residente no nosso país. Assim, este evento é uma forma de o povo chinês manter a sua cultura viva, mesmo que longe do seu país.
Tal como os chineses celebram o seu novo ano aqui em Portugal, há quem vá à China para vivenciar esta experiência - não esquecendo que existem muitos portugueses a morar no país, que celebram as mesmas tradições, até porque alguns casaram e construíram a sua vida nesta cultura - , que decorre em várias regiões da China em simultâneo, além de outros países da Ásia, como Japão, Coreia do Sul ou Vietname, provocando uma grande migração interna de pessoas na China.
Todos os eventos são de entrada livre
Da mesma forma que em Portugal existe a tradição do champanhe e das 12 passas, também na cultura chinesa existem mitos e rituais tradicionais de entrada no novo ano, tal como a limpeza da casa, o corte de cabelo, presentear familiares com dinheiro em envelopes vermelhos (hongbao), fogos de artifícios para espantar os maus espíritos, entre outros.
Os eventos do Novo Ano Chinês, ou Festival da Primavera, em Lisboa, decorrerão no Jardim Alameda D. Afonso Henriques, sábado e domingo, 1 e 2 de fevereiro, com horários compreendidos entre as 10 e as 17 horas. Todos são de entrada livre.
Haverá outras iniciativas relacionadas com o tema, a decorrer durante esta semana na cidade, como é o caso das visitas guiadas "O Ano da Serpente|Preparativos e Celebrações" e "O Ano Novo Lunar", relativas a esta festividade, no Museu do Oriente, que acontecerão na esta quarta-feira e esta sexta-feira, pelas 11 horas e 18 horas, respetivamente.