Tanatório será construído num terreno junto ao Cemitério Novo de Vermoim, na Maia. Câmara prepara-se para lançar concurso público internacional para conceção, construção e exploração do equipamento. Empresa vencedora terá que investir dois milhões de euros.
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"São dois hectares de terreno numa zona arejada e de boa acessibilidade, até mesmo para os concelhos envolventes que depois queiram utilizar o equipamento", explicou António Silva Tiago, presidente da Câmara da Maia, prevendo que as obras poderão estar concluídas em 2022.
A Autarquia prepara-se agora para lançar o concurso público internacional para o projeto, que fica dependente de deliberação em Assembleia Municipal.
Mas o edifício terá de "esbater a realidade inexorável que é a morte", acrescenta o autarca. "Terá de ser um bom projeto de arquitetura, com marca distinta, e espaços verdes", esclarece.
Quem ganhar o concurso ficará, então, responsável pela execução do projeto e construção do tanatório, cujo investimento ascende aos dois milhões de euros. A empresa vencedora terá ainda de pagar uma "renda simbólica" à Autarquia pelo arrendamento do espaço de 280 euros por mês. O pagamento terá de ser feito ao longo de 30 anos. Após esse período, a concessão termina e o edifício passa para as mãos da Câmara.
Nova concessão ou gestão municipal
"Dessa forma, a empresa concessionária consegue amortizar o investimento e retirar o seu lucro. Depois, cabe à Autarquia abrir um novo concurso para uma nova concessão ou então passa a gerir o equipamento", esclarece o autarca.
Esta era já uma ambição da Câmara da Maia, assegura Silva Tiago, admitindo que a cremação "é uma tendência cada vez mais insistente por parte da população".