A Expofacic - Feira Agrícola, Comercial e Industrial de Cantanhede, tida como a maior do país, arranca hoje. Com 500 expositores e sete palcos. O cartaz é "de luxo", mas o preço é "social", sublinha o autarca João Moura.
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Os organizadores não têm dúvidas: nenhuma feira supera a Expofacic, que começou por ser de âmbito regional e agora arrasta visitantes até de Espanha. "Conheço as feiras todas e esta é a maior, a mais bem organizada, a que atrai mais gente", diz o presidente da empresa municipal INOVA, António Patrocínio Alves. Palavras idênticas às do presidente da Câmara, João Moura: "É a maior. São os expositores, que percorrem as feiras de referência, que o dizem".
Ainda assim, a aposta é na "consolidação" do evento, explica o autarca. Não basta manter os preços e os números de afluência de público de há anos - as previsões apontam para 350 mil pessoas -, há que melhorar. Uma das metas futuras passa pela requalificação do espaço da feira. O financiamento, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), já está garantido.
Nesta 19.ª edição, a organização duplicou a área reservada ao estacionamento (são 100 mil metros quadrados), anexou um festival europeu de juventude ao certame e conseguiu, na opinião de Patrocínio Alves, "o melhor cartaz de espectáculos de sempre". Dele fazem partes nomes tão diversificados como Joss Stone, James, Daniela Mercury, Mariza, Tony Carreira, Rui Veloso, Deolinda, João Pedro Pais, Quim Barreiros ou Xutos & Pontapés (ver caixa).
"Procurámos satisfazer todos os públicos", assume o presidente da Câmara, colocando a tónica no "preço social" dos bilhetes. Por apenas 2, 5 euros, há animação garantida em oito dos dez dias que dura a feira. "Ver a Mariza por 2,5 euros? Não sei se não será algo único no país!", observa João Moura. Só os espectáculos de Daniela Mercury, James e Joss Stone é que custam, respectivamente, cinco e 15 euros. O bilhete geral tem o valor de 35 euros.
Mas há muito mais para ver e saborear, ao longo de oito hectares: além do meio milhar de expositores (mais de 120 ficaram de fora, pois, segundo João Moura, "não podemos cometer a ousadia de crescer mais, estamos na dimensão ideal".), há mais de 40 tasquinhas e animação a cargo das colectividades do concelho. Para os mais novos está reservado um espaço com actividades lúdicas acompanhadas por monitores.
O orçamento para esta edição ronda um milhão e 300 mil euros e a Autarquia contribui, somente, com 80 mil. Afinal, como é que se põe de pé um evento desta dimensão, continuando a cobrar entradas simbólicas? João Moura explica: "A feira é autosustentável. E os patrocinadores não regateiam o seu patrocínio, porque sabem que é a melhor do país".