O candidato do PS à Câmara do Porto Manuel Pizarro foi, nesta segunda-feira, ao Bairro Rainha D. Leonor para mostrar como se "reabilita habitação" e como é possível ter "bairros sociais com classe energética A+".
Corpo do artigo
Empenhado em mostrar obra feita por si quando teve o pelouro da Habitação na autarquia portuense, Manuel Pizarro percorreu o bairro para mostrar "a qualidade de vida das pessoas" junto à encosta de Douro, no Porto, e para sublinhar que "todos os sítios do Porto são para pessoas de todas as classes sociais".
Mais à frente, Manuel Pizarro apontou para um outro edifício, as Casas D. Leonor, para dizer que se trata de "bairro construído completamente de novo, onde existia um bairro completamente degradado (...) feito através de um concurso inovador, em que o terreno do bairro foi dividido em dois e em que o parceiro privado que ganhou o concurso teve um encargo de construir um novo bairro municipal".
"Onde viviam 48 famílias passaram a estar alojadas 72 famílias. Ganhámos maior capacidade em casas excelentes, com eficiência energética A+, com enorme qualidade de vida", disse.
Cinco mil casas
Manuel Pizarro tem como meta construir cinco mil casas. Sobre quanto é que vai custar, Manuel Pizarro insistiu que fica abaixo dos 900 milhões de euros revelados pelo candidato da coligação PSD/CDS-PP/IL, Pedro Duarte numa ação de campanha a 12 de setembro.
"O nosso programa tem um custo que é previsível e que é claro. Se não houver nenhum apoio de fundos europeus ou do Estado Central, custará cerca de 30 milhões de euros durante 27 anos [810 milhões de euros]. É uma conta muito fácil de fazer", argumentou Manuel Pizarro.
Ainda na resposta à pergunta da Lusa sobre os 900 milhões de euros avançados por Pedro Duarte, o candidato socialista afirmou que a campanha do seu adversário "é de quem quer um Porto pequenino".
"Em 1981, o Porto tinha 330 mil habitantes. Nos censos de 2021, os mais recentes, o Porto tem 230 mil habitantes. Cem mil habitantes menos em 40 anos. E eu vejo o candidato do PSD a dizer que no Porto há gente a mais", continuou.
E prosseguiu: "O Porto tem de ter espaço para as pessoas que moram no Porto e que têm que se autonomizar. [Para] muitos jovens que vivem em casa dos pais e querem se autonomizar, mas também muitos que foram forçados a sair do Porto e que desejam uma oportunidade para regressar".
Voltando ao investimento necessário para a construção das habitações a rendas acessíveis, Manuel Pizarro vincou que a "ideia prioritária é mobilizar fundos europeus e mobilizar fundos do Estado para remunerar esses cerca de 30 milhões de euros por ano".
"E, portanto, faz sentido que o Estado remunere. Se isso não acontecer, vou pagá-las com uma parte da receita da taxa turística e uma parte da receita do IMT [Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis]".