Marco Martins escolhido por unanimidade para presidir à Empresa Metropolitana de Transportes
O presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, foi escolhido, nesta sexta-feira, por unanimidade, para ser a indicação da Área Metropolitana do Porto para presidir à Empresa Metropolitana de Transportes. O Município do Porto não participou, porém, na votação.
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A eleição propriamente dita será feita numa assembleia geral a ser realizada pela Empresa Metropolitana de Transportes. Esta sexta-feira, o Conselho Metropolitano do Porto aprovou os nomes que irá sugerir para a administração da empresa, que será presidido pelo autarca de Gondomar, Marco Martins, acompanhado por Luís Osório e Carla Vale. Uma equipa que recebeu 12 votos favoráveis, ou seja, a validação de todos os presidentes de Câmara presentes na reunião.
No entanto, o Município do Porto fez questão de não participar nas votações sobre os nomes propostos para o conselho de administração e no ponto da agenda sobre as remunerações. Segundo apurámos, por não ter sido parte no processo. Na reunião, o vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, declarou apenas: "A Câmara do Porto não vai apresentar nomes para a Assembleia Geral, daí a ausência nas votações".
"(A Empresa Metropolitana de Transportes) vai ter uma administração de qualidade e linhas bem definidas", considerou, por sua vez, o presidente do Conselho Metropolitano do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues.
Para o também presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, a empresa "Transportes Metropolitanos do Porto" terá "que continuar o trabalho da UNIR e enfrentar o desafio da sustentabilidade financeira do andante". "O importante é uma visão e um quadro técnico suficientemente forte", vincou Eduardo Vítor Rodrigues, considerando que, nesta fase inicial, "com tantas dificuldades e desafios", não se devem equacionar projetos como, por exemplo, o do alargamento do andante.
Numa intervenção que antecedeu a votação de Marco Martins, o presidente do Conselho Metropolitano do Porto garantiu que a Transportes Metropolitanos do Porto vai funcionar com base no capital social constituído pelos municípios. "Os resultados das empresas Metro do Porto e STCP não podem nem devem ser usados para financiar a Empresa Metropolitana de Transportes. Terá as suas fontes próprias de receitas e funções meramente técnicas", assegurou Eduardo Vítor Rodrigues, num discurso indiretamente direcionado para a Autarquia portuense.
No final da reunião, Marco Martins confirmou que a Transportes Metropolitanos do Porto só deverá estar plenamente a funcionar entre o final do ano e janeiro de 2025. E garantiu que a sua grande prioridade será assegurar que a UNIR cumpre os horários. Para o efeito, será criada, assim que existam meios técnicos, uma aplicação onde será possível acompanhar a localização dos veículos e previsível horário de chegada.
"A grande prioridade é garantir que o serviço é feito e, com isso, reconquistar a confiança das pessoas. Também queremos garantir que haverá informação ao público", adiantou o presidente da Câmara de Gondomar que, para já, tenciona acumular as duas funções. "Até ao final do ano, a empresa estará completamente constituída. É um assunto que será avaliado a partir desse momento. No limite, será antecipar alguns meses o final do mandato", declarou aos jornalistas.