O PS da Póvoa de Varzim quis saber o que está a Câmara a fazer para pressionar a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) a resolver, de uma vez por todas, o problema na marginal de Aguçadoura. O vice-presidente, Luís Diamantino, diz que, desta vez, a culpa não foi do mar, mas da chuva. A obra, terminada em agosto, está "dentro da garantia" e o empreiteiro já foi informado de que terá que assumir a reparação.
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"Tem sido recorrente a situação", lamentou a vereadora do PS, Ilda Cadilhe, que levou a questão à reunião do executivo e lembrou que, desta vez, a derrocada aconteceu apenas "mês e meio depois" da conclusão dos trabalhos.
"É uma obra da responsabilidade da APA, mas não foi o mar. Foi no passeio, numa altura de chuva aquilo aluiu, porque não estava bem compactado. Era possivelmente a areia que puseram lá", afirmou Luís Diamantino. O vice-presidente garante que a autarquia está a acompanhar o caso e que a APA já reclamou junto do construtor. "O empreiteiro, segundo a APA, terá que repor aquilo que está mal e é responsável por isso", frisou ainda, explicando que a obra está "dentro do prazo de garantia".
Recorde que, conforme o JN noticiou, o Bloco de Esquerda (BE) já questionou o ministro do Ambiente. Quer saber qual a explicação para a nova derrocada, que estudos justificaram a intervenção, realizada pela APA, o que vai, agora, ser feito e com que prazos.
A marginal de Aguçadoura ruiu, pela primeira vez, em dezembro de 2008. Seguiram-se obras em 2009. Em janeiro de 2015, o mar fez, de novo, estragos: caiu o muro, que arrastou o passeio e deixou suspensas as escadas de acesso à praia. Em 2016, a APA anunciava uma obra "de fundo": assentaria o muro em micro-estacas. Em março último, nova derrocada. Obras de junho a agosto. 75 mil euros para "uma solução estruturante e robusta" - palavras da APA - de proteção das fundações. Um mês e meio depois, um enorme buraco no passeio voltou a inutilizar as escadas de acesso à praia.