As operações de resgate das vítimas da pedreira em Borba continuam esta quinta-feira. Uma parte significativa da água já foi retirada e há equipas cinotécnicas envolvidas nos trabalhos.
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Uma equipa da Marinha portuguesa chegou a Borba, esta quinta-feira de manhã, por volta das 9.30 horas, para participar nas buscas pelas três pessoas que estão desaparecidas desde segunda-feira, quando a estrada desabou para uma pedreira, na estrada municipal entre Borba e Vila Viçosa.
Os militares da Marinha estão a trabalhar com o sonar que vai tentar detetar sinais das viaturas debaixo de água mas sobre os escombros submersos após a derrocada. O comandante Fernando Fonseca, porta-voz da Marinha, explicou que este submarino com controlo remoto é, normalmente, utilizado no mar, rios e algumas albufeiras e tem como principal função descobrir minas que estejam fundeadas.
O porta-voz da Marinha referiu que a utilização do equipamento numa zona tão confinada como é a pedreira levanta algumas dúvidas quanto ao sucesso da operação, uma vez que este necessita de "algum espaço para poder ganhar as referências no seu sistema de navegação".
"O facto de ser uma zona tão confinada poderá não ser possível o equipamento estabilizar. Se tiverem sucesso em fazer o alinhamento do sistema de navegação, vão tentar que o sonar, que faz a busca pela projeção do som dentro de água, possa detetar as viaturas e passar a informação", frisou.
O comandante Fernando Fonseca afirmou que é a primeira vez que vai ser efetuada uma operação com este equipamento numa zona tão confinada e que existe "alguma apreensão na forma como poderá funcionar".
Drenagem prioritária
Para facilitar as operações de resgate estão a decorrer várias operações de drenagem e retirada de água simultaneamente. Nesse mesmo sentido, foi reforçara uma bomba para a extração da água da pedreira. No local, está também uma equipa de engenheiros do Laboratório Nacional de Engenharia Civi (LNEC), para analisar as escarpar.
Aos jornalistas, José Ribeiro, comandante distrital de Operações de Socorro de Évora (CODIS), destacou o "grau de complexidade" do trabalho de resgate, salientado ainda a preparação que deve existir para evitar "surpresas junto das escarpas".
Parte significativa da água foi retirada da pedreira e no local encontra-se ainda uma equipa cinotécnica.