<p>A Mata Nacional do Buçaco, Mealhada, corre o risco de perder 1,3 milhões de euros, do III Quadro Comunitário de Apoio, se não concluir obras até 30 de Junho. Autoridades esperam iniciar trabalhos esta semana.</p>
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Estão em causa um centro interpretativo, circuitos de visita, sinalização e recuperação de património degradado. Obras que não arrancam devido à falta de um documento formal da Direcção-Geral do Património (DGP) que viabiliza a cedência de umas garagens do Palace Hotel do Bussaco (pertença dos Hotéis Alexandre de Almeida) por troca com instalações da Autoridade Florestal Nacional. Se tal não acontecer até 30 de Junho, a verba terá de ser devolvida a Bruxelas. "A Secretaria de Estado do Turismo já se pronunciou favoravelmente, agora falta a DGP lançar o documento, sem o qual não podemos iniciar os trabalhos", contou, ao JN, o director regional de Florestas do Centro, Viriato Garcez, confirmando que a obra já está adjudicada a uma empresa de Matosinhos. Adianta ainda ter-lhe sido garantido que o documento chegaria rapidamente, pelo que acredita começar os trabalhos ainda esta semana. "Logo que tenhamos o papel avançamos com as obras", garante.
O espaço, actualmente pertencente aos Hotéis Alexandre de Almeida, vai albergar o centro de interpretação, obra considerada crucial na requalificação da Mata Nacional do Buçaco. Segundo Viriato Garcez, aquando do acordo de permuta de imóveis, a Alexandre de Almeida exigiu o documento da DGP a aceitar a troca. O director do Palace Hotel , Pedro Florindo, garante que, "assim que for dada a informação oficial, será cumprido o estabelecido".
A verba já esteve para ser devolvida em Dezembro, altura em que terminou o primeiro prazo de execução da obra, tendo sido conseguido o prolongamento por mais seis meses. Viriato Garcez está confiante que tal não se vai repetir. "Temos fé que conseguiremos o documento e a obra vai avançar a tempo", afirma, assegurando que os trabalhos demorarão cerca de dois meses.