O empresário Ilídio Pinho, presidente da fundação com o mesmo nome, foi apresentado, esta quarta-feira, como líder da comissão de honra da candidatura de Luís Filipe Menezes ao Porto. Já o candidato desafiou os eventuais adversários a avançar "rapidamente" e, em tom de ironia, disse mesmo que, se o PS desistisse de avançar, o seu apoio seria bem vindo.
Corpo do artigo
Luís Filipe Menezes, presidente da Câmara de Gaia, e candidato do PSD à do Porto, apresentou Ilídio Pinho, antigo mandatário dos socialistas Mário Soares e Jorge Sampaio a Belém, como presidente da comissão de honra, em plena Baixa. E aproveitou para piscar o olho ao eleitorado da Esquerda e deixar recados a todos os eventuais adversários e não apenas ao socialista Manuel Pizarro.
Após ser instado pelos jornalistas sobre o fim da coligação com o CDS, que recusou apoiar a sua candidatura, recorreu à ironia. "Se amanhã o PS desistir de se candidatar à Câmara e decidir apoiar-me, aceito com a maior das boas vontades esse apoio ou de qualquer outro partido", respondeu o autarca. "Não alieno qualquer apoio" partidário "que possa associar-se à minha candidatura", sublinhou o autarca.
Após ser questionado sobre uma possível candidatura de Rui Moreira, afirmou que quem tiver um projecto para a cidade deve avançar "o mais rapidamente possível".
Além disso, questionado sobre se gostaria de ter Rui Rio a seu lado, comparou a importância de um eventual apoio deste autarca ao de qualquer cidadão do Porto, dando os exemplos da população do Aleixo e da Pasteleira.
O primeiro trunfo que Menezes quis hoje lançar foi o líder da comissão de honra da candidatura, Ilídio Pinho. O empresário foi membro da comissão nacional de honra de apoio da candidatura de Mário Soares à Presidência da República nas eleições de 1986, foi mandatário da candidatura de Soares a Belém pelo distrito de Aveiro em 1991, foi mandatário pelo mesmo distrito da candidatura de Jorge Sampaio a chefe de Estado em 1996 e novamente mandatário de Soares na corrida a Belém em 2006.
Para Ilídio Pinho, a eleição de Menezes é "uma necessidade para o Porto" e "para ajudar Portugal, que precisa de líderes".
Se o empresário considerou que aquele candidato "é a liderança de que o Porto precisa", porque a região não pode continuar "à espera" de "uma estratégia que o país não tem" também devido ao "centralismo", o candidato prometeu, por sua vez, transformar o Porto "no grande pólo de desenvolvimento de todo o noroeste da Península".
"Tenho ideologia e não a alieno. Sou social-democrata", assegurou Menezes, mas disse estar "convicto que, tal como aconteceu no passado em Gaia, também no Porto, muitos eleitores que em outras eleições votam BE, PCP ou PS, votarão" na sua equipa.
Mais 50 mil habitantes numa década
Defendendo que Porto e Norte falem "a uma só voz", adiantou depois algumas propostas do programa a apresentar em Janeiro, como "o repovoamento da cidade", apostando "na recuperação de jovens e de classe média" e com a "ambição de apontar para a conquista de mais 50 mil habitantes numa década".
Este objetivo, tal como a reabilitação do património edificado, exigem, a seu ver, "parcerias estratégicas com o Estado", ao abrigo do QREN em negociação com a União Europeia.
A coesão social, novos ATL, a reabilitação de toda a frente de rio e a liderança do Porto em termos de turismo europeu foram outras metas fixadas, tal como a atração de investimento.