Um menino guineense de cinco anos morreu num incêndio num prédio da Damaia. O corpo da criança foi encontrado pelos bombeiros numa cama, já depois de extintas as chamas. Duas pessoas, entre as quais um bombeiro, sofreram ferimentos ligeiros.
Corpo do artigo
O corpo do menino foi encontrado pelos Bombeiros da Amadora, confirmou o CDOS ao JN, já depois de as chamas estarem extintas.
Um bombeiro e outra pessoa ficaram feridos sem gravidade, no incêndio que deflagrou na cobertura de um prédio de três andares na praça do Marquês de Minas, na Damaia.
"Estava em casa e ouvi a senhora pelas escadas abaixo a gritar", contou à agência Lusa Alice Oliveira, 68 anos. A moradora no rés-do-chão sabia que os apartamentos do terceiro andar eram habitados, mas afirmou que "do segundo andar para cima não conhecia ninguém".
Vítor Rocha, de 74 anos, residente no segundo andar, descreveu que ouviu a vizinha a "gritar por socorro" e que a sua mulher "ainda foi buscar um balde de água, mas já não serviu de nada" devido ao fumo provocado pelas chamas.
A moradora do apartamento onde ocorreu o incêndio tem 41 anos e é natural da Guiné. Vítor Rocha adiantou que a vizinha "mora no prédio há cerca de dois anos" e que o marido está emigrado em França.
Apesar de os bombeiros terem conseguido conter as chamas à cobertura do prédio, impedindo a sua progressão para os edifícios vizinhos, os serviços da Segurança Social realojaram duas pessoas, informou o comandante dos bombeiros.
Os restantes moradores optaram por pernoitar em casa de familiares.
No combate às chamas estiveram envolvidos 48 bombeiros e 17 viaturas das corporações da Amadora, Queluz, Belas e Carnaxide, elementos da Proteção Civil municipal e do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).